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A Bandai Namco parece ter descoberto a fórmula para lançar jogos definitivos que agrade aos fãs de animês. Depois do bom Naruto x Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections e seu trabalho mais recente com o excelente Dragon Ball: Sparking! Zero, em outubro temos o lançamento do interessante Sword Art Online: Fractured Daydream.

Desenvolvido pela Dimps, a mais recente entrada no universo de SAO nos consoles consegue ironizar o fator isekai da franquia ao transportar os jogadores para um sistema conhecido como Galáxia, num novo jogo que funciona como sequência direta de Sword Art Online Last Recollection e das temporadas da animação, ao mesmo tempo em que explora questões sobre simulação e realidade num RPG repleto de ação.

Sword Art Online: Fractured Daydream

Após uma missão em ALfheim Online, Kirito e seus amigos acabam tendo contato com o novo sistema de imersão que permite reviver aventuras e momentos do passado mas, por estar em período de testes, acaba saindo do controle prendendo Kirito e Quinella em missões já vividas pela dupla. Após salvar Fuuka e Neige, duas novas personagens criadas exclusivamente para esse jogo, o jogador precisará revisitar todos os arcos da série Sword Art Online para descobrir o que está acontecendo e reverter a bagunça no espaço-tempo dentro da Galáxia.

Tudo junto e misturado

A partir dessa premissa inicial, Sword Art Online: Fractured Daydream consegue quebrar seus próprios limites ao evitar que o jogador fique preso ao papel de Kirito e adicionam 21 personagens para serem jogadores em diversos modos, inclusive reunindo partidas online com outros 20 jogadores. Essa proximidade com a proposta de isekai da série, escrita originalmente por Reki Kawahara, permite experimentarmos os já esperados papéis de Asuna, Leafa, Sinon, Eugeo, LLENN, Agil, Yui, Fukaziroh, entre vários outros, em situações que dificilmente encontraríamos nas animações.

Sword Art Online: Fractured Daydream

Além disso vamos saber como é jogar com Heathcliff, Alice, Yuuki, Quinella, Oberon e até Deathgun, para citar alguns dos heróis e vilões que fizeram parte de Alicization, Phantom Bullet, Aincrad e Fairy Dance, os arcos de Sword Art Online. Tudo isso numa mistura de arquétipos entre Lutador, Tanque, Ladino, Patrulheiro, Mago e Suporte, transportando as características dos personagens para dentro das partidas. Tudo ao mesmo tempo e na mesma missão, com espada, escudo, armas e magias para todos os lados.

Essa “agradável bagunça” de estilos e informações na tela é mais controlada no modo história, dividida em capítulos e com várias quests dentro de cada um, com missões secundárias focadas em personagens ou situações específicas, chegando num total de 20 horas de jogo. Já no modo Quest Cooperativa, ao lado de 20 outros jogadores pelo mundo, os golpes, poderes e habilidades especiais dos personagens proporcionam uma tempestade de brilhos, cores e sons pela tela, dificultando até mesmo entender o que está acontecendo enquanto você fica na dúvida se realmente está contribuindo, por mais divertido que seja.

Sword Art Online: Fractured Daydream

Independente do estilo de jogo ou personagem escolhido, Sword Art Online: Fractured Daydream possui jogabilidade como um bom hack ‘n’ slash, inclusive com opção de batalha pelo ar, através das habilidades de flutuação ou vôo (limitada sempre por uma barra de energia específica). O jogador também conta com três habilidades específicas e uma especial, além de uma sequência alternada (com R3) para executar um combo de especiais. Tudo num show visual belíssimo e com muito fanservice para quem curte SAO. O melhor de tudo? Encaixa perfeitamente na construção narrativa do jogo, com esse amalgama criado pela Galáxia, e acompanha muito bem a proposta de história dentro do universo de Sword Art Online.

Muito para fazer com mais do mesmo

Sword Art Online: Fractured Daydream oferece cinco modos de jogos diferentes, com foco na história principal, quests cooperativas e raide de chefe, além de muitas opções para você customizar os personagens com visuais diferentes e muitos acessórios, seguindo sempre o arquétipo de cada um e respeitando o lore da franquia. Diversos desafios acompanham os jogadores por conta do passe de temporada, oferecendo muitas recompensas conforme seu progresso no nível do jogador ou alcançando a progressão com cada personagem. Tudo contribuindo imensamente para o altíssimo fator replay que o jogo possui.

Sword Art Online: Fractured Daydream

A presença do loot aleatório, por mais que as missões ofereçam recompensas específicas conforme o atingimento de avaliação alta (ranking medido de D até S), faz com que os jogadores se mantenham engajados no gameplay cooperativo para conquistar os melhores acessórios e montarem as melhores builds. Isso sem contar com o sistema para criação de itens, que exige dinheiro para novos itens serem gerados, além das modificações de uso único que podem ser equipadas para cada partida. Por mais que você chegue ao final do jogo, Sword Art Online: Fractured Daydream continua oferecendo muito conteúdo e com a promessa da Bandai Namco em manter o jogo atualizado com eventos, desafios e tarefas.

Infelizmente o jogo acaba sofrendo com a falta de cenários e inimigos. Por conta da limitação de se manter fiel ao anime, respeitando os arcos e suas ambientações temáticas, ainda nas primeiras horas de jogo ou após algumas partidas online você perceberá que os próprios mundinhos de SAO limitam o jogo ao repetir os locais em que o jogo se passa e os adversários que encontramos. Esse fator repetitivo acaba sendo um ponto fraco dentro de um jogo que pode explorar muito os vários arcos da animação, mas que mostrou um trabalho de desenvolvimento mais contido. Quem sabe com DLC ou atualizações futuras não tenhamos novos ambientes para explorar, inclusive no modo livre pelo mundo aberto dos mapas.

Sword Art Online: Fractured Daydream

Sword Art Online: Fractured Daydream, mesmo sendo uma continuação direta de uma história longa desenvolvida no animê, light novels, mangás e jogos, consegue ser uma excelente porta de entrada para uma nova legião de fãs. Com um visual impecável, seja durante o jogo ou nas sequências animadas, os desenvolvedores criam um deleite para os olhos de quem curte uma boa animação. A trilha sonora me surpreendeu por ser grandiosa e ganhar espaço entre toda a bagunça visual dos acontecimentos durante as batalhas, proporcionando uma imersão ainda maior.

Ainda que apresente alguns problemas com a câmera, principalmente quando focada em um inimigo alvo, e com alguns sons ou dublagem sobrepondo acontecimentos ou trilha, a Bandai Namco conseguiu lançar um jogo completo, repleto de conteúdo para ser explorado e com muito fanservice para quem já conhece Sword Art Online. Chegando numa proposta de “jogo definitivo”, com certeza é um jogo divertido e desafiador para quem busca ação frenética e boas horas para serem investidas numa história interessante ou jogatinas online.

91 %


Prós:

🔺 Fiel ao universo de Sword Art Online
🔺 Muito conteúdo e diversos modos de jogo
🔺 História bem construída com os arcos e personagens de SAO
🔺 Gameplay com comandos simples e responsivo
🔺 Fluido mesmo com combate frenéticos e muitos acontecimentos em tela

Contras:

🔻 Problemas para entender o combate com câmera travada
🔻 Repetição de cenários e falta de variedade nos inimigos

Ficha Técnica:

Lançamento: 03/10/24
Desenvolvedora: Dimps Corporation
Distribuidora: Bandai Namco
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series
Testado no: PS5

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