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Um dos meus games favoritos de PS2 foi FIFA Street. Driblar, carregar e realizar chutes ultra exagerados sempre foram divertidíssimos e melhores ainda na presença de amigos. Sentimento esse que Street Power Football claramente tenta recuperar, trazendo os icônicos desafios de fazer malabarismos com uma bola em Free Style até desafios de derrubar cones e garrafas.

O game traz o conceito “futebol de rua” novamente para os “camisa 10” do controle, um tema muito carente nos títulos dominantes (FIFA e PES) que nos cercam. Com uma jogabilidade totalmente arcade, gráficos cartunizados e movimentos que as vezes beiram a maluquice, Street Power Football traz a conhecimento os incríveis campeonatos de Street Style, muitas vezes desconhecidos pelos amantes de futebol.

Jogar futebol deveria ser fácil

Logo de cara o jogo faz questão de nos introduzir nesse mundo com o modo “Become a King”. Temos um confuso tutorial, além de uma introdução narrada por Sean Garnier, atleta conhecido por ser um dos melhores do esporte, contando um pouco sobre sua história e a do próprio futebol de rua. Ele também vai te apresentar aos modos de jogo, além dos tutoriais de botões e é aí que começa o problema.

Felizmente o jogo possui uma ótima legenda e tradução para português, algo que facilita no entendimento de como funcionam os comandos – que até respondem bem, mas acabam se misturando e ficando confusos, fazendo você apertar várias vezes comandos sem sentido algum como se estivesse em um jogo de luta.

Porque não quicar uma bola plantando bananeira, né?

Street Style, a arte da embaixadinha malabarista

O modo Free Style, que entende-se como o diferencial do game, traz um confuso sistema rítmico de fazer malabarismos enquanto é tocada uma música, que ditará a velocidade e dificuldade do desafio. O maior problema é que os comandos são extensos e pouco intuitivos.

Ao iniciar a música, o personagem levanta a bola e começa suas embaixadinhas como base. Para fazer pontos e completar os objetivos, você precisa realizar sequências de botões como se fosse soltar um Hadouken em Street Fighter. As sequências precisam ser feitas dentro do ritmo da música (como em Guitar Hero, por exemplo), te forçando a decorar combinações de botões, que irão dar pontos equivalentes à dificuldade e execução.

Os movimentos são extremamente bem feitos e baseados em movimentos reais, o que até empolga no começo, mas que termina em frustração. Por ter esta combinação de ritmo e sequência de comandos, você  acaba apertando botões aleatoriamente, à medida que necessita prestar atenção em qual combinação fazer e não perder o tempo da música –  essas que são regadas a hip hop, eletrônica e até mesmo funk.

As quadras são bem bonitas

Zoar com os amigos deveria ser divertido

O modo Panna é uma partita 1×1 em que marca pontos quem dar uma “caneta” (passar a bola por debaixo das pernas) no adversário. Também há a possibilidade de fazer gols que marcam 1 ponto, mas realizar somente a “caneta” marca 2, fazendo assim a partida terminar por quem marcar 5 pontos primeiro.

Para dar o drible é preciso manter a bola no pé até que se carregue uma barra no canto da tela, depois basta se aproximar do adversário e apertar o botão de driblar para que comece uma disputa, onde os dois terão de realizar uma sequência aleatória de botões que aparecem na tela. Quem acertar mais irá defender ou levar a humilhação pra casa. Infelizmente, na maioria das vezes os botões parecem inúteis, pois aparentemente não surtem nenhum efeito.

O modo de jogo mais simples foi o que cativou: Street Power pode ser jogado 1×1, 2×2 e 3×3. O objetivo é marcar 5 gols, podendo fazer dribles de forma simples (apertando apenas um botão), mas com o diferencial de power-ups que aparecem pela fase, podendo aumentar velocidade, chutes certeiros, deixar adversários lentos ou carregar a barra de especial.

Com a barra de especial cheia, nós podemos realizar um chute poderoso e existem grupos de especiais limitados e aleatórios pra cada jogador. Os especiais vão de chutes certeiros até levitação, dando um tom mais exagerado ao game. Todos os personagens são baseados em jogadores reais do esporte, contando com uma participação especial da jogadora e youtuber Raquel Benetti. Há também localidades reais com quadras no Brasil, como a “Favela do Rio” e “Copacabana”.

Legal ver os BR sendo representados pela Raquel Bennetti.

Street Power Football é quase bom

No primeiro momento, o sentimento de finalmente ter uma versão de FIFA Street na geração atual para jogar com os amigos é forte, porém, conforme você joga sozinho, acaba se perguntando se realmente valerá a pena. Street Power Football tenta resgatar as raízes perdidas do seu antecessor espiritual, mas da sua própria maneira.

O jogo não deixa de ter sua originalidade, só que infelizmente é muito mal aproveitada, deixando uma eterna sensação de que falta conteúdo. A única salvação é possuir alguém para jogar dividindo a tela ou um amigo para jogar online, já que os servidores do game estão extremamente vazios – a ponto de levar 40 minutos buscando jogadores e não encontrar ninguém. Se for para jogar sozinho, não é recomendado.

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