Após a morte de sua filha, Sam Fisher desapareceu. Três anos se passaram e ele não trabalha mais para a Third Echelon, mantendo contato apenas com Anna Grim, sua ex-colega de trabalho. Em Valetta, Malta, Sam recebe uma ligação de Grim alertando sobre mercenários que o encontraram. Sam os elimina e interroga Dimitri Gramkos, o líder do grupo, que revela o culpado da morte de sua filha: Andriy Kobin, que a atropelou ao dirigir embriagado. Sam faz uma visitinha em sua mansão, o interroga, e descobri que sua filha é apenas uma pequena parte de um problema maior. A mansão é invadida por agentes da Third Echelon e Sam é capturado.
Em Price Airfield, na Virginia, Sam é interrogado por Grim com o suporte de um grupo chamado Black Arrow. Na primeira oportunidade, Grim elimina um guarda local e conta para Sam que está trabalhando para a presidenta dos Estados Unidos, Patricia Caldwell. Ela precisa da sua ajuda para investigar o diretor da Third Echolon, Tom Reed, e sua relação com a Black Arrow. Sam recusa a missão, até que Grim lhe dá um motivo para fazê-lo: sua filha, Sarah, está viva! A trama vai ainda mais longe, mas vou parar por aqui para não estragar a surpresa.
Visualmente o game está mais bonito, mas não chega a impressionar. Há novas adições como a transição de cor (quando o agente está escondido, a tela fica em preto e branco) e a forma como o game comunica o jogador sobre suas missões – os textos aparecem projetados no cenário, assim como algumas cenas de flashback. A aparência do agente também mudou: ele não usa mais roupas e equipamentos de espionagem, como fazia até Double Agent. O corte de cabelo emo foi substituído por um corte normal e seu rosto agora revela os traços da idade. Em outras palavras, o personagem ficou muito mais interessante. A própria trama explora o passado do personagem, como uma fase jogável no Iraque.
No início da aventura, em Valetta, o jogador aprende os primeiros comandos do agente. Se esconder ficou muito mais fácil, com indicações visuais mostrando em quais cantos você pode ficar, assim como a posição. Mark & Execute e Last Known Position são outras duas novidades na jogabilidade. O primeiro é acionado ao eliminar um alvo a curta distância e sem ser visto. Com o Mark & Execute acionado, você pode marcar inimigos para eliminá-los apertando um simples botão. A mecânica funciona também para gerar distração ou atingir objetos inflamáveis, eliminando um número maior de alvos. Já o Last Known Position funciona da seguinte forma: ao ser visto pelos inimigos, um alarme soa e, ao fugir, Sam deixa um rastro na forma de sua silhueta. Esta silhueta indica a posição onde os inimigos o viram. Esta mecânica permite ao jogador sair da posição descoberta para flanquear os inimigos que o perseguem.
Ao longo das missões, Sam pode pegar as armas derrubadas por seus inimigos. Ao adquirir uma nova arma ela entra para o seu inventário, acessível por maletas de armamento encontradas em pontos estratégicos dos cenários. Ao acessar uma maleta, você pode escolher qual arma primária e secundária quer carregar, além do tipo de bomba (flashbang, EMP, de aproximação, etc). Nesta interface o jogador pode usar seus pontos de experiência para fazer upgrades nas armas e bombas. Estes pontos são adquiridos ao completar os P.E.C. Challenges, pequenos desafios baseados em três níveis. Quando for gastar seus pontos, eis a minha dica: invista seus pontos nas pistolas e bombas primeiro.
Há muitas opções de armas, mas raramente você fará uso de todas. Se você gosta de partir para a ação, as metralhadoras são essenciais para eliminar múltiplos alvos. Mas caso preferir a ação furtiva (o que é muito mais divertido), basta usar uma boa pistola com silenciador e bombas do tipo que preferir. É o suficiente para completar todas as missões do game desde que você faça bom uso da estratégia, claro. Há também alguns acessórios para ajudar e o famoso óculos de visão noturna do protagonista (com três visores). Ao adquirir os óculos, ele permite ver a posição dos inimigos através de paredes usando o mesmo sistema de marcação de alvo do Mark & Execute.
O multiplayer também ganhou novidades. O game oferece um modo de história cooperativo que funciona como um prólogo para Conviction. São cinco missões para jogar com um amigo em modo local ou online, na pele dos agentes rivais John Drake Archer e Mikahil Loskov Kestrel. Há ainda o Deniable Ops, para até quatro jogadores e dividido em quatro modos: Face-Off, Last Stand, Infiltration, e Hunter. Em Face-Off é você contra outro agente, incluindo inimigos controlados pela Inteligência Artificial. No modo Last Stand, o objetivo é defender uma ogiva de EMP (bomba eletromagnética). Em Infiltration, você deve eliminar todos os inimigos sem ser detectado. O modo Hunter funciona de forma semelhante, mas podendo ser detectado. Todos os modos permitem customização de armas e equipamentos, aproveitando inclusive os pontos ganhos no modo de campanha.
Splinter Cell: Conviction é, de fato, um game mais acessível para todos os tipos de jogadores. Os fãs sentirão falta daquele desafio casca-grossa dos games anteriores, mas serão recompensados com as novidades na jogabilidade, os novos modos multiplayer e a boa história, recheada de reviravoltas. Não deixe de conferir!