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Junto de Space Harrier, Puyo Puyo chegou ao Nintendo Switch pela coleção Sega Ages. O relançamento se baseia na versão de arcade da franquia de puzzle, desenvolvido pela Compile e lançado no Japão em 1992. Caso nunca tenha ouvido falar em Puyo Puyo, nas palavras do criador Masamitsu Niitani, trata-se de uma mistura de elementos inspirados em Tetris e Dr. Mario. Seus personagens são originários de Madō Monogatari (Sorcery Saga), um RPG em primeira pessoa no estilo dungeon crawler, criado pelo mesmo estúdio.

O gameplay segue a linha do gênero Match 3, com a diferença de que ao invés de combinar 3 peças da mesma cor para causar uma reação em cadeia, o jogador precisa juntar 4. E não são peças, mas sim bolhas gelatinosas chamadas Puyos. Portanto podemos classificá-lo como um Match 4. Com esta regra, o jogo proporciona uma estratégia interessante: ao combinar e destruí-los, você manda Puyos inimigos (pretos) para a tela do oponente. Eles atrapalham tudo, mas podem ser eliminados com outros Puyos próximos.

Imagem do jogo SEGA Ages: Puyo Puyo
A animação do oponente muda quando ele está perdendo.

Respira fundo que é difícil

Sega Ages: Puyo Puyo é absurdamente viciante, de não ver o tempo passar. Quanto mais rápido fizer as combinações certas, inclusive criando combos, maior a chance de encher a tela do adversário de tralha. Mas se você perder, relaxa que as fichas são infinitas. Só não esquece de salvar o seu progresso, caso for sair do game para jogar outro.

O jogo oferece três níveis: Iniciante (para treino), Normal e Difícil. Jogando contra um amigo, você divide a tela e os joy-cons. Contra o computador, a inteligência faz um ótimo trabalho do começo ao fim. O desafio vai aumentando gradativamente, ao mesmo tempo que você vai dominando a estratégia. No Normal, por exemplo, a coisa começa a ficar realmente cabeluda nos últimos 5 oponentes (de um total de 13). Os Puyos passam a cair na velocidade da luz, dando pouco tempo para raciocinar.

Imagem do jogo SEGA Ages: Puyo Puyo
Lulu e o Príncipe Negro, os oponentes mais difíceis de todo o game.

Por incrível que pareça, há uma história: você é Silvana (Arle Nadja, na versão japonesa), uma jovem feiticeira de 16 anos. Seu objetivo é impedir os planos do Príncipe Negro, seu 13º oponente, de dominar o mundo. Antes de enfrentá-lo, você terá que encarar um monte de personagens bizarros, como uma múmia, um peixe com pernas e braços humanos e um elefante narcisista. Antes de cada batalha, rola um breve diálogo entre a protagonista e seu desafiante. Coisa simples e rápida, mas simpático.

Modo helper e o multiplayer online

A primeira novidade em Sega Ages: Puyo Puyo é o modo helper. Ao ser ativado, ele reduz a variedade de cores dos Puyos e a velocidade das partidas, não importando a dificuldade que escolher. Porém a Inteligência Artificial permanece intacta, esperta, doida pra te ferrar. A segunda novidade, super bem vinda, é o modo multiplayer online. Agora você pode jogar contra qualquer jogador ao redor do mundo e ainda disputar o ranking mundial. Por fim, foi adicionado a rotação inversa dos Puyos, que sempre caem em duplas. Antes só era possível rotacionar em sentido horário, mas agora tem botão anti-horário.

Imagem do jogo SEGA Ages: Puyo Puyo
A dificuldade aumenta bastante à partir de Zoh Daimaoh, o Rei Elefante do Mal.

Como em todos os títulos da coleção Sega Ages, você pode alterar a dificuldade no menu de configurações. Tem um Super Difícil lá, para os corajosos. Você também pode trocar o limite de rodadas nas batalhas, de 1 para melhor de 3. Se preferir jogar à moda antiga, como era no fliperama, pode desligar a rotação anti-horária. O display oferece várias opções, inclusive widescreen e tela cheia sem comprometer o pixel art.

Se você curte games do gênero, como Columns, Sega Ages: Puyo Puyo é obrigatório. Claro, não dá pra comparar com as versões mais recentes, como o excelente Puyo Puyo Tetris, mas o visual ficou cristalino e a diversão é garantida. Pena que a M2 não adaptou o port de Switch para permitir multiplayer com 4 jogadores simultâneos, seja local ou online.

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