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E se League of Legends, Starcraft, Warhammer e Company of Heroes fossem misturados em um jogo? Pois é, por mais insano que a proposta pareça, Red Solstice 2: Survivors possui elementos que lembram bastante essas quatro franquias, mas será que a semelhança é o suficiente para garantir um bom produto final? A resposta é um pouco complicada.

No controle de um super soldado, caberá a você a missão de liderar um esquadrão à vitória contra criaturas de outro planeta. Seja no modo online ou single player, a intensidade das batalhas é garantida por aqui. Contudo, o jogo apresenta alguns problemas estruturais, algo que pode deixar alguns fãs decepcionados.

Muita bala nos alienígenas

Poucas coisas são mais relaxantes do que sentar um pente de bala em um bando de monstro. Ao me deparar com o trailer de Red Solstice 2: Survivors pela primeira vez, ver os soldados dilacerando tropas de aliens-zumbis despertou meu interesse instantaneamente. De certo modo, o jogo atendeu às minhas expectativas, mas há mais elementos do que simplesmente desligar o cérebro e derrotar hordas.

O menu de missões lembra XCOM 2.

Pensando que haveria elementos que remetem às franquias de estratégia, meu foco foi exclusivamente o modo campanha. A minha decepção já começou pela interface, que é bem feia e básica. Fora do combate, as mecânicas de gerenciamento são bem fracas e nem se comparam às de franquias como XCOM.

Talvez os elementos periféricos não tenham sido o foco da atenção dos desenvolvedores, mas pelo menos a jogabilidade cumpre o que, pelos trailers, promete.

Pouca tática, muito fogo

O carro chefe de Red Solstice 2: Survivors é a sua jogabilidade. Comandando um personagem em um esquadrão de 4, cabe ao jogador realizar os objetivos do mapa e limpar as hordas de inimigos. Para tal função, você contará com habilidades especiais, funcionando de maneira similar aos MOBAs da atualidade.

Podendo escolher a especialização do seu personagem, cada classe contará com habilidades diferentes. Os que estão acostumados com a jogabilidade de MOBAs, como DotA 2 e League of Legends, irão perceber facilmente o funcionamento de tais mecânicas, enquanto quem não tem experiência nesse gênero poderá sofrer um pouco.

Sentando o dedo em tudo que se mexe.

Além das habilidades, a jogabilidade consiste em andar e atirar com o mouse. No começo do jogo, consegui traçar a semelhança de Red Solstice 2: Survivors com Synthetik. Contudo, o título da Ironward é bem menos frenético do que este, oferecendo uma abordagem mais pé no chão e menos dependente de mira ou reflexo. Para os que não quiserem mirar tanto, é possível deixar seu personagem atirar automaticamente, mas isso consome alguns pontos de recurso.

Diversão entre amigos

Por mais que a campanha singleplayer exista, Red Solstice 2: Survivors foi um jogo feito pensando no multiplayer. Com o auxílio dos amigos a experiência muda completamente, já que os bots não servem para muita coisa – a não ser para pegarem o caminho errado, morrendo tragicamente nas mãos da horda de zumbis.

Enquanto o modo singleplayer passa a sensação de estar incompleto, o modo multiplayer garante a diversão. Entretanto, o jogo pode parecer repetitivo por vezes, então é bem provável que você e seus amigos joguem apenas algumas vezes antes de decidir buscar outra experiência.

O sistema de progressão é bem simplório.

Em suma, Red Solstice 2: Survivors é um projeto com uma ideia simples, que bebe da fonte de vários títulos já consagrados. Todavia, a sua execução poderia ser melhor. Não é um jogo ruim, mas certamente uma experiência que vale a pena só pelo modo multiplayer – e apenas por um curto período de tempo. Com atualizações futuras, adicionando mais inimigos, cenários e armas, a experiência poderá oferecer novidades, mas é necessário esperar para ver o que os desenvolvedores pensam para o futuro do título.

Review – Pepper Grinder

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