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Red Bow é um jogo realmente peculiar do começo ao fim. Logo que o começamos, podemos notar uma temática semelhante a antigos jogos a lá RPG Maker. Mas não é o que temos aqui, Red Bow é uma pseudo história de horror. Aonde controlamos a jovem Roh, em busca de uma saída deste “sonho” no qual se encontra presa, com criaturas estranhas e espíritos torturados. Aqui, Roh irá descobrir que, muitas vezes, nossa vida é a unica chance que temos para acertar nossas contas e sermos nós mesmos.

Eu não consigo abrir os olhos

O mundo de Red Bow se passa primordialmente no que podemos definir como sendo a casa de Roh, a brava protagonista do jogo. Roh sempre começa os cenários acordando em seu quarto. Com isso, devemos descobrir uma maneira de sair da casa. No entanto, sempre que se termina um cenário, a porta anterior se tranca e devemos encontrar uma nova saída da casa da garota. Cada nova saída descoberta leva a uma nova versão do sonho e, com isso, novos personagens e situações também se desenrolam.

Dentro de microversos, Roh deverá descobrir o que está acontecendo e o que pode fazer para salvar as entidades que lá habitam. Resolver puzzles, descobrir mais sobre as criaturas que lá vivem e tentar entender que, mesmo aparentando serem terríveis seres, isso não significa que são maus é o que te espera por aqui. Tudo isto enquanto tenta acordar deste mundo de sonhos, cada hora encontrando com uma criatura diferente dizendo que pode libertá-la de lá.

Imagem do review de Red Bow
Shibari que deu errado.

Uma pequena soneca

Red Bow é uma experiência simples, rasa e curta. O jogo conta com poucos cenários, onde o jogador deve interagir com os itens e criaturas locais, assim descobrindo o que se passa lá e resolvendo a situação. Porém, cada cenário possui mais de um final, criando um pequeno valor de replay ao jogo, mostrando que é possível se ver outra resolução em relação as personagens e seus mistérios. Qual a relação entre Akira e Kubi? Por que Mimiko deve ir ao esgoto?

Os comandos são simples e diretos, com as setas ou teclas W, A, S e D. Utilizando a tecla enter, interagimos com o ambiente, itens e personagens. Por último, ao usar a tecla Esc o jogador abre o menu, aonde pode acessar seus itens e usa-los para interagir com o mundo, salvar o game ou sair do mesmo.  Não há como combinar itens ou sistema de combate, é apenas um pequeno mundo aonde resolvemos puzzles afim de continuar aquela sessão.

Além disto, o movimento de Roh é estranhamente pesado e cada passo dado por ela faz um som alto demais para uma garota jovem. Relembrando algo como os passos ouvidos em Cavaleiros do Zodíaco ou um jogo de mecha. O modelo da personagem é muito grande para passar a ideia de uma adolescente. Segundo o produtor do jogo, Red Bow acabou sendo “rushado” para o fim do ano, a fim de lançar algo entre My Big Sister, jogo anterior do mesmo.

Imagem do review de Red Bow
Pobre gatinho…

Hora de acordar

Red Bow é mais um game da empresa Stranga com a Ratalaika Games. O jogo foi criado utilizando Adventure Game Maker, e apresenta gráficos bem rústicos com uma trilha sonora bem simples para um jogo de terror. Mas em si, ele é pouco apelativo tanto para os fãs de puzzle solving e horror. Red Bow não passa a sensação de medo e os quebra-cabeças são todos fáceis, não levando mais de 2 ou 3 minutos para serem solucionados.

O jogo possui um valor razoavelmente baixo, custando em torno de R$10. Contudo, este é um jogo que em questão de uma hora é possível conquistar todos seus troféus e esquece-lo em sua biblioteca de games. Por este preço vale a pena investir em games como FAITH, The Wind, LISA: The Painfull RPG, que apresentam elementos de terror muito mais bem produzidos e mecânicas de quebra-cabeça melhor elaboradas.

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