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Orfãos de Portal, vocês já podem sorrir novamente: Q.U.B.E. 2 está entre nós. O gênero puzzle em primeira pessoa tem fãs fiéis, mas poucos jogos na prateleira, e esse veio para matar a vontade da galera.

Produzido pela Toxic Games e distribuído pela Trapped Nerve Games, Q.U.B.E 2 tem um início bem clichê, basicamente um remake do que já vimos em diversos jogos e filmes. Você vai assumir o papel de Amelia Cross, uma arqueóloga que acorda num lugar abandonado, sem saber como foi parar ali e com alguma habilidade especial para encontrar respostas e uma saída. A mecânica central do game é muito interessante, pois você precisa interagir com objetos no cenário para superar obstáculos e seguir progredindo até o seu objetivo final.

Imagem do jogo Q.U.B.E. 2
As cores de cada bloco indicam o tipo de interação de cada um.

Divertido e desafiador

Os primeiros minutos não foram lá muito divertidos, pois a sensibilidade nativa do game é absurdamente alta. Tive que configurar meu mouse pra um DPI (pontos por polegadas) bem baixo pra conseguir jogar de forma satisfatória, mas esse fator leva em consideração tantas variáveis como modelo do mouse, mousepad, sensibilidade dentro do Windows ou dentro do jogo etc., que seria injusto colocar como ponto negativo, então fica aqui como observação.

Como qualquer jogo com mecânicas não tão usuais, leva alguns minutos pra você pegar o jeito de Q.U.B.E. 2, mas o jogo respeita isso e os primeiros puzzles são relativamente simples, quase como um tutorial. Por exemplo, você é guiado por uma voz misteriosa que só consegue se comunicar quando lhe é conveniente (onde já vimos isso?).

Imagem do jogo Q.U.B.E. 2
As luvas que Amelia Cross utiliza dão habilidades especiais a ela.

O game utiliza a Unreal Engine, e confesso que quando vi a tela de título ao abrir o jogo, tremi, pois minha placa de vídeo está longe de ser uma “PC Gamer Master Race”. Mas é aí que começam as boas surpresas: os gráficos são belíssimos mesmo em placas de vídeo mais antigas. Bem coloridos, cheios de carisma e bons efeitos de iluminação, os gráficos são um dos pontos mais positivos do game.

A trilha sonora é quase inexistente, o que ajuda na narrativa do game. Os efeitos sonoros não comprometem e as vozes dos atores não chegam a mostrar uma grande personalidade, mas também não irritam.

Definitivamente a falta de carisma dos personagens e da história em si são o grande ponto fraco do jogo, pois eu mal prestava atenção no que era dito e de um determinado momento em diante só estava jogando pela diversão proporcionada pelos puzzles, que ficavam cada vez mais desafiadores. O jogo é single-player, mas a experiência de se jogar com alguém do lado é muito interessante, afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma (mas prepare-se pra ouvir um “eu não falei que era pra fazer isso?!”).

Imagem do jogo Q.U.B.E. 2
O visual colorido do game é bem bonito, mas às vezes é um pouco repetitivo.

Queria ser “Portal”, mas não cheguei lá

É impossível não comparar Q.U.B.E 2 com Portal, afinal o jogo teria tudo para ser um sucessor espiritual do aclamado jogo da Valve, só que pecando na narrativa. Ele poderia ser facilmente uma sequência de puzzles casuais, sem uma história de fundo. Os desafios que o jogo apresenta seguem uma curva de aprendizado muito boa, e a galera responsável pelo level-design realmente fez um belíssimo trabalho, ao contrário de quem cuidou da trama, que é preguiçosa e pouco cativante. Se você é fã de jogos de quebra-cabeça e está com saudade de perder algumas boas horas fritando os miolos, Q.U.B.E 2 vai certamente te divertir.

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