Um conjunto de heróis se unindo em uma guerra sem fim no mundo de Thasys. A última esperança em um planeta morrendo, já sem esperanças. Se unindo aos Guardiões, esses heróis lutarão bravamente para transformar o mundo. A Hanakai Studio traz ao mundo Prodigy Tactics, um jogo de combate tático por turnos (eu sei, se viu meu nome ali do lado, é 73,4% de chance de ser combate por turnos) no mundo de Thasys, onde as pessoas não são necessariamente pessoas. E as coisas estão bem complicadas.
Tática 3×4
Em Prodigy Tactics você controla um grupo de até 4 personagens em combate, em espaços limitados de 3 linhas e 4 colunas. Essa delimitação faz com que você precise pensar rápido e reorganizar muito bem seus personagens, já que habitualmente só o primeiro deles é atingido pelos adversários.
Um dos grandes diferenciais que pude perceber em Prodigy Tactics é a divisão das ações dos personagens em dois turnos: de ataque e de defesa. Essa divisão para cada um dos personagens força um pensamento mais cadenciado e cauteloso, onde cada uma das ações impactam muito mais do que se fossem feitas de baciada.
Durante o turno de defesa você pode ver qual inimigo vai atacar, mas não quem receberá o ataque. Enquanto você controla o turno de defesa deste personagem, você pode escolher se simplesmente se defenderá, diminuindo o dano sofrido a quase nada, ou se prepara um contra-ataque, aumentando o dano sofrido, porém respondendo fortemente ao adversário.
Pode parecer que o contra-ataque não é tão eficiente, mas em situações onde os inimigos são poucos e eles sempre se defendem, as alternativas ficam diminutas e o risco se torna uma necessidade.
Chegando na fase de ataque, é possível ver qual inimigo estará no seu turno de defesa, permitindo tornar alvo algum que não tomará ações, amplificando o dano a ser causado. Combinando seus ataques com companheiros através de suas características base, como se cada personagem possuísse uma classe, e utilizando as runas destas classes, é possível atacar ou se defender em conjunto com seus companheiros.
Não necessariamente um prodígio
O leque de possibilidades aumenta escolhendo entre usar ações harmônicas ou dissonantes. Por exemplo, se defender é uma ação harmônica e não gera modificações no campo, contra-atacar é uma ação dissonante e gera uma esfera de dissonância, o que amplifica o dano causado caso o personagem esteja neste espaço.
Claro que não existe almoço grátis, portanto quanto mais espaços dissonantes existem no campo, maiores as chances de todos eles explodirem, causando dano em todos os personagens deste lado do mapa. Em todo momento é possível saber qual a possibilidade de explosão e medir os riscos e recompensas destas ações.
O universo criado para Prodigy Tactics é bem interessante e os personagens definitivamente únicos. Uma mistura de furry com fantasia medieval de alta-magia. Onde cada um tem sua personalidade, bem exposta pelos diálogos durante a história.
É curioso que o jogo tenha disparidades gráficas ao ponto de alguns personagens possuírem todos os pelos do corpo visíveis e outros parecerem não ter textura suficiente, além da expressão facial de “Por favor, me mate!”
Como eu sou um rapaz sortudo, mais um dos jogos que faço review teve probleminhas. Principalmente ao tentar fazer com que o jogo rodasse de forma minimamente aceitável no meu monitor. Na maior parte do tempo, o mouse era reconhecido em uma posição alguns centímetros ao lado de onde eu havia posicionado o que, considerando que eu precisava de uma certeza de posicionamento, atrapalhava um pouquinho. Isso sem contar nas travadas e quedas de frames.
Prodigy Tactics traz uma proposta interessante de pensamento em espaços pequenos, ainda mais com a inserção da mecânica harmonia/dissonância. Mas, no conjunto geral, o ritmo não é nada agradável, e precisar jogar um tutorial de mais de uma hora, à parte da história, não auxilia muito na curva de aprendizagem.