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Independente de ser um shooter realista ou não, ou de eu ter gostado dele ou não, pra mim Operation Flashpoint: Dragon Rising me provou uma coisa: eu não duraria um minuto em uma guerra de verdade. Com essa minha cultura de Call of Duty e Doom, descobri que um tiro pode sim matar uma pessoa. E comandar uma equipe no meio de um conflito armado não é missão para qualquer um.

A história do jogo acontece alguns anos no futuro, aonde as necessidades por mais petróleo levaram a um conflito entre Rússia e China na ilha fictícia de Skaraa, na costa russa. O exército chinês acaba por invadir a ilha em busca das reservas de petróleo. O EUA, a pedido dos seus antigos inimigos na época da Guerra Fria, entra no meio do conflito para remover a ocupação chinesa.

As missões ao longo da campanha singleplayer vão desde apoiar tanques aliados a destruir alvos-chave como radares e acampamentos inimigos. Um diferencial neste game é que ele te faz sentir como parte de algo maior e nunca como um herói, como parte de um exército e não um exército de um só homem.

Dragon Rising é um game de simulação de combate tático que tenta ser realista ao máximo. Por conta deste detalhe o jogo não recompensa quem tem habilidade, mas sim quem tem paciência. E acredite: você vai precisar de muita. Principalmente quando você andar por um ou dois quilômetros virtuais durante alguns minutos para chegar ao seu objetivo e morrer com um único tiro, tendo que recomeçar do último checkpoint. Outros problemas técnicos também tiram o brilho do que poderia ser uma experiência mais interessante.

Operation Flashpoint: Dragon Rising

O game possui modo co-op online para jogar com mais 3 amigos fazendo parte do seu esquadrão. Mas caso queira jogar sozinho, seu grupo é comandado pela Inteligência Artificial, sendo que cada um obedece aos seus comandos através de uma interface de ordens (seguir, defender, atacar pela esquerda, etc). Sem a ajuda dos seus companheiros, você terá poucas chances contra os vários desafios de cada missão. O problema é que, ao comandar o seu esquadrão, surgem alguns problemas técnicos. A IA de seus companheiros não chega a ser péssima, mas poderia ser melhor para evitar certas voltas ao checkpoint. Algumas vezes é difícil fazer eles entederem que eles precisam bater em retirada, ou mesmo sair de perto de cargas explosivas que você esta prestes a detonar.

Graficamente, o jogo poderia oferecer um pouco mais. Até mesmo na versão de PC, o jogo se mostra mediano. O mesmo vale para a parte sonora: as dublagens fazem a sua parte e cada arma tem seu som especifico, assim como os veículos. Agora é difícil de acreditar que esse jogo foi criado pelos responsáveis por Grid e Dirt 2, principalmente ao pilotar os veículos. Dirigir um jipe é uma tarefa ingrata, pois é difícil de manobrá-lo. O game nem sequer permite você mudar a visão do veículo ou mesmo poder mexer sua cabeça para os lados.

Outro exemplo de falta de polidez está nos combates: na hora de se curar ou curar companheiros feridos, você vê apenas sua mão com uma mochila de primeiros socorros sendo segurada na sua frente, com um contador de porcentagem. Não aparece nenhuma bandagem, injeção de morfina ou algo do tipo. O realismo também é falho: muitas vezes você terá que disparar várias vezes contra o inimigo até que eles caiam ou mesmo esbocem alguma reação com os tiros disparados. Ainda assim é possível morrer apenas com um disparo feito pelo inimigo. Outra falha de realismo que notei foi quando atirei granadas em um jipe inimigo, que ao explodirem o jipe nem sequer se mexeu ou matou os soldados dentro dele.

Operation Flashpoint: Dragon Rising

Na parte online os problemas técnicos se evidenciam ainda mais. Temos aqui os modos tradicionais como o Deathmatch e o controle de pontos disputados em até 32 jogadores. Apesar de divertidas, a presença de lag e muito bugs alteraram o andamento da partida de forma brutal. É comum dar tiros nos adversários e não acertá-los, mesmo que você esteja usando um rifle sniper. E mesmo que você tenha uma boa conexão de internet, eventualmente sofrerá com o lag e bugs.

Pode se dizer que Operation Flashpoint tem um conceito pouco explorado no gênero FPS. O problema dele não é o fato de a sua simulação de guerra não agradar os jogadores que querem mais ação ou são menos pacientes, mas sim as falhas técnicas que ofuscam a proposta de jogo mais realista. Inimigos que te matam com um tiro mas podem resistir a vinte dos seus é algo imperdoável. Mesmo assim, é um jogo recomendado àqueles que procuram por games de simulação.

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