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O ano é 2001. Você entra no Newgrounds para ver algumas animações em flash maneiras ou jogar alguma coisa divertida e se depara com uma novidade. Zhu Zhiqiang acabou de postar uma de suas animações no site. Viralizando antes mesmo do termo se popularizar, você se apaixona por mais uma das animações da série Xiao Xiao.

One Finger Death Punch 2 dá sequência ao jogo que poderia ser tido como filho de Xiao Xiao sem nem precisar de um exame de DNA. Tido como um jogo beat’em up, é o exato oposto de um button masher, ou seja, cada uma das apertadas do seu mouse é importante e pode definir sua vida ou morte!

Produzido e distribuído pela Silver Dollar Games, One Finger Death Punch é filho único da desenvolvedora e a segunda instância da franquia é um claro avanço ao primeiro. Porém, analisando todos os pormenores, teria sido um passo bom o suficiente?

Seja como água

Tive até dificuldade em nomear One Finger Death Punch 2 como um beat’em up, porque ele não segue o estilo normal do gênero tal qual os clássicos dos arcades como Golden Axe, Teenage Mutant Ninja Turtles, Final Fight ou Captain Commando. Na verdade, ele se parece muito mais com um jogo de ritmo como Guitar Hero ou os minigames de Legend of Zelda: Ocarina of Time.

Em One Finger Death Punch 2, você utiliza única e exclusivamente dois botões- o esquerdo e o direito do seu mouse. Só isso mesmo. Você, como protagonista, está no centro de um ambiente enquanto inimigos vêm na sua direção por ambos os lados. Uma cena clássica e típica de filmes de kung-fu de Hong Kong dos anos 1960 e 70. Dá até pra imaginar que você é uma versão em boneco-palito do Bruce Lee.

Realmente, só vendo uma imagem estática não dá para entender o forte deste jogo.

Ah é, sim. Os personagens são todos bonecos-palitos, exatamente por isso que fiz referência ao clássico das animações Xiao Xiao. Isso traz ao jogo uma simplicidade gráfica que permite compreender melhor o que está acontecendo e também facilita na produção das animações altamente realistas dos movimentos de wushu que são realizados pelos personagens.

Vejo essa certa simplicidade nos personagens como necessária, pois a quantidade de movimentos, golpes, itens, armas, cenários e efeitos se movendo todos ao mesmo tempo resultaria uma imagem que facilmente causaria um ataque de epilepsia digno dos episódios do Porygon em Pokémon em um alto nível de detalhes.

Como nada nessa vida é perfeito, essa simplicidade e, chego a dizer, elegância no que tange aos personagens, é agredida por uma estupidez de mau-gosto em todos os outros elementos gráficos. Fico com a sincera impressão de que usaram um garoto de 13 anos como consultor. Desde os textos de menu, os informes, tutoriais, tudo vai na escola de design “massa véio”. Onde tudo vai no caminho de ser… radical… para um garoto adolescente.

Ver uma adaptação disso nos cinemas me parece uma boa. Para isso, é só ver os filmes supracitados.

Esse estilo visual deixa tudo mais complicado de entender, desde as fases em si até onde escolher ir no mapa. Compreender o que as habilidades fazem também acaba sendo atrapalhado pela quantidade absurda de informações visuais desnecessárias. Porém, mesmo que parte dessa enxurrada de elementos, a narração estereotipada encaixa direitinho onde deveria e é bem engraçada.

Mas como uma enxurrada!

Vamos supor que One Finger Death Punch 2 tem somente os níveis padrão do modo campanha. Só com isso, já são mais de 400 níveis. QUATROCENTOS. Mas não. Não é só apenas isso! One Finger Death Punch 2 ainda traz outros modos de jogo como o survival e o “No Luca No”, que você PRECISA ver no vídeo. Me recuso a descrever tamanha a surpresa que tive.

Esse é um dos piores mapas que já vi. Sério.

Se você não jogou a primeira instância da série, One Finger Death Punch 2 é a mistura perfeita entre uma pancadaria extrema de proporções épicas com movimentos de kung-fu muito bem animados, e o jogo de ritmo mais intenso que pude experienciar na minha breve vidinha. É agressivo, rápido, divertido, intenso, chamativo, simples e bem na sua cara. Muito recomendado, caso não tenha dado para perceber.

Caso tenha jogado, One Finger Death Punch 2 é uma ótima adição ao que o primeiro jogo da série já havia construído. Coloca mais níveis, inimigos mais diversos, cenários diferenciados e, principalmente, mais modos de jogo. Tudo isso deixa a experiência mais divertida e bem, mas bem mais difícil. Mesmo com os defeitos, ainda é uma bela recomendação.

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