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Se você esta lendo esta análise, as chances de você ter lido ou pelo menos gostar de Harry Potter são grandes. O game segue a história do filme: é o sexto ano em Hogwarts para Harry, Hermione e Rony. Os tempos estão cada vez mais difíceis com as investidas de Lord Voldemort e seus comensais da morte, que agora atacam não apenas o mundo dos bruxos como também o dos humanos. Pra piorar, Draco Malfoy esta se alistando nas linhas inimigas e Dumblodore começa a pôr certas responsabilidades sobre os ombros de Harry.

De cara, a maior mudança é a ambientação. O castelo de Hogwarts e todos os terrenos aos arredores são reproduzidos com fidelidade ao que você vê nos filmes. Não chega a ser um “open-world”, mas o jogo apresenta muito liberdade e espaço na hora de percorrer os muitos corredores e passagens da escola. Além da exploração, temos os duelos de bruxos, preparação de poções e vôo com a vassoura. Basicamente, o jogo todo se sustenta usando essas quatro mecânicas.

A parte de combates está bem melhor que a do game anterior. Dessa vez temos um número limitado de magias, mas percebe-se depois que isso não importa muito. Todos os combates são realizados na forma de duelos. A execução de cada magia requer um movimento diferente de mouse (ou analógicos, com o controle do Xbox 360). A resposta dos comandos é muito boa, tanto na hora de soltar feitiços quanto desviar dos disparos inimigos. O problema é que os duelos são fáceis demais, principalmente quando você derruba o oponente no chão com o feitiço Expelliarmus e fica disparando Estupefatus sem parar. Só o tempo que o oponente leva para se levantar, ele já perde boa parte da energia. Até os comensais mais casca grossa, como a Bellatrix Lestrange, são fáceis de vencer. É jogo sujo, sem dúvida, uma vez que os oponentes nunca usam esse joguete contra você. E espera até você aprender o feitiço Levicorpus, usado para levitar seus inimigos. Nem Voldemort escapa!

Fazer as poções é a mecânica mais original de todo o game: dentro de um limite de tempo, você deve preparar a poção derramando líquidos coloridos, colocando certos ingredientes sólidos (como lesmas e sanguessugas) e esquentando o fogo do caldeirão para acelerar o processo. Caso você errar na medida, além de perder tempo uma névoa negra subirá do caldeirão, obrigando você a dispersar a névoa abanando as mãos. Você controla tudo com a sua varinha mágica, fazendo uso do mouse (ou analógicos).

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O vôo com a vassoura é a parte mais chata do jogo. Você só voa com a vassoura em partidas de Quadribol e nos treinos. Como capitão, a função de Harry é capturar o pequeno e veloz Pomo de Ouro. O vôo acontece de forma automática, com câmera fixa atrás do Harry, cabendo ao jogador apenas posicioná-lo para passar por estrelas que aumentam a sua velocidade. Simples e chato assim.

Apesar de ser um jogo de fim de semana, com duração média de 6 horas, ele tem seus segredos: há 150 brasões de Hogwarts escondidos pelo castelo, que permitem certas melhorias nos seus atributos quando certo número é acumulado. Tem também os mini-brasões, que estão escondidos por todos os cenários. Com um simples balançar de varinha elas se espalham pelo chão. Acumulando certo número desses mini-brasões, eles formam um brasão grande. O game possui outros detalhes legais como ter o nome dos lugares, como a Grande Escadaria e o Corujal, aparecendo escritos nas paredes conforme você se aproxima do local. Entre as boas sacadas de interface está a opção de chamar o fantasma Nick Quase Sem Cabeça a qualquer momento para guiá-lo através do castelo, para o seu próximo objetivo. Na falta de um mapa, o Nick ajuda muito.

Já outros detalhes técnicos marcam bola fora, como as expressões faciais e animações dos personagens. Até mesmo o trio Harry, Rony e Hermione carecem de um capricho maior. Mesmo com a dublagem dos atores dos filmes, as expressões faciais são assustadoramente robóticas. É nítido o reaproveitamento de modelos, tanto de personagens quanto de alunos coadjuvantes de Hogwarts. O mais perturbador para mim foi ver a Gina Wesley com seu cabelo que desafia as leis da gravidade e olhos que parecem que vão pular do rosto.

Deixando de lado os problemas citados, vale dizer que Harry Potter and the Half-Blood Prince é uma evolução dos games anteriores. Mesmo com novidades bem vindas, o game falha no detalhe mais importante: a qualidade. Sendo assim, me sinto obrigado a reforçar: este game é SOMENTE para quem é fã da série.

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