Crypto está de volta com sua segunda aventura em alta definição. Destroy All Humans 2 – Reprobed é o remake do segundo título da franquia, originalmente lançado em 2006, e que está chegando no dia 30 de agosto para PC, PS5 e Xbox Series X|S. Pois é, o jogo está de fora da geração anterior de consoles.
Depois de dominar os Estados Unidos e se tornar o presidente do país no primeiro game, que também teve um remake, o ET mais zoeiro que você já viu em um jogo agora precisa da ajuda dos humanos, seres que enoja e despreza, para conseguir derrotar a temida KGB do final dos anos 1960.
Em Destroy All Humans 2 – Reprobed, Crypto está mais vulnerável. Sua nave-mãe, que fica no espaço e também é onde fica seu chefe Orthopox (Pox para os íntimos), foi destruída pelos russos depois que eles descobriram a existência dos Furons, a raça alienígena, e do que eles fizeram nos Estados Unidos.
Crypto e sua turnê pelo mundo
A partir daí, o ET protagonista precisa se virar em vários cantos do mundo, fazendo alianças com figuras divertidas e cheias de personalidade para conseguir chegar até o cabeça da KGB. O enredo é assim simples e não é para ser novidade, já que é o mesmo do jogo original dos anos 2000.
A história progride em diferentes partes do globo, como Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Rússia. Cada localização conta com diversas missões principais, além de extras. E entre uma missão e outra, o mapa fica aberto para você explorar a pé ou pilotando sua nave – o que não tem muita graça, já que os mapas não são tão grandes assim para serem sobrevoados.
O humor ácido da série permanece, especialmente (e quase totalmente) por parte de Crypto. O ET é muito piadista, algumas delas muito engraçadas, outras nem tanto, mas pode ter certeza que quase todos os seus diálogos irão lhe render algumas risadas.
Caos por terra e pelos céus
Em relação ao gameplay, tudo que foi apresentado no Destroy All Humans! de 2020 permanece nesse jogo. Crypto agora conta com um arsenal maior de armas, que ele vai recuperando aos poucos depois que os russos destruíram a nave-mãe.
As armas vão desde o tradicional raio, sonda anal (que é consideravelmente mais forte que as outras), chuva de meteoros, criar drones para auxiliá-lo, evocar um monstro do chão que come os inimigos, e ainda mais.
Em posse de seu carango, o ET também tem um arsenal (mais limitado) ao seu dispor. São com as armas da nave que Crypto consegue colocar, literalmente, tudo abaixo. Esse é um dos recursos chaves do jogo, que entrarei em detalhes mais adiante. Falando em nave, a dificuldade do jogo nos momentos em que estamos no comando dela é bem amargo, não importa o nível de dificuldade escolhido. O mesmo acontecia no jogo anterior.
Crypto pode se transformar nos habitantes locais para se disfarçar, já que algumas missões exigem que o ET seja sorrateiro. Cada país conta com sua própria população e alguns deles são tão estereotipados que não tem como você não dar risada de seus visuais e das coisas que dizem.
O ET e sua nave contam com diversas skins, que podem ser desbloqueadas cumprindo alguns desafios. É sempre engraçado ver Crypto vestido de algo totalmente nada a ver com a temática do jogo. Como o jogo é da THQ Nordic, Crypto pode se vestir de Cavaleiro Pálido, Morte da franquia Darksiders, por exemplo.
Alguns cenários merecem ser admirados
Assim como o remake do primeiro título lançado em 2020, Destroy All Humans! 2 – Reprobed permanece com gráficos bem bonitos, especialmente nas diferentes ambientações. Parar no meio das florestas de cerejeiras no Japão, no parque dos hippies nos Estados Unidos, ou observar a arquitetura de Londres, realmente valem a pena.
O jogo conta com um sistema de destruição de cenário mais elaborado que o game anterior. Esse é um dos motivos pelo qual o título ficou de fora do PS4 e Xbox One, segundo os desenvolvedores disseram em entrevistas. E, realmente, é uma melhoria que se destaca, principalmente quando você está enfrentando o Godzilla no Japão e tudo vem abaixo.
Em alguns momentos, esse recurso traz bastante queda de frames, já que realmente é um processo intenso, com muitas partículas sendo geradas, carga para o CPU e GPU. Eu testei o jogo no PC, com um sistema acima das recomendações (embora a THQ Nordic não tenha recomendado qualquer GPU específica, somente especificações técnicas), e o game apresentou algumas quedas de frames ocasionais. Mas, no geral, não é nada que atrapalhe a experiência.
Destroy All Humans! 2 – Reprobed diverte tanto quanto o remake do primeiro título. Caso você não tenha jogado o anterior, ficará um pouco perdido na história, mas dá para se divertir do mesmo jeito. As diferentes ambientações, arsenal, humor e os gráficos são alguns dos atrativos do game.