Skip to main content

Chime é um simples, mas viciante puzzle desenvolvido pela Zoë Mode para Xbox Live Arcade. O jogo revolve em torno de uma mecânica de criação dos chamados Quads, que quanto maior forem mais pontos geram. Esses Quads surgem quando formas geométricas, oferecidas aleatoriamente dentro de uma fase, são colocadas lado a lado de forma a combinarem uma figura composta de no mínimo 3×3 quadrados. Uma vez que essa figura é feita, ela pode ser ampliada tanto horizontal quanto verticalmente, fazendo com que o número de pontos ganhos aumente. A complexidade de Chime fica por conta da velocidade necessária para se manter uma pontuação alta.

Primeiramente, existe um tempo limitado para aumentar o tamanho dos Quads. Caso se demore a adicionar uma nova parte, ele ficará fixo no lugar. O Quad só é removido quando uma barra, similar a presente em Lumines, que corre constantemente da esquerda para a direita, passa por cima dele. Quando isso acontece, a área previamente ocupada não apenas torna-se novamente livre para ser usada, como também muda de cor e passa a ser considerada uma área coberta. Conseguir cobrir 100% da área da fase é um dos principais objetivos de Chime, e uma das maneiras de conseguir mais pontos. No modo Time Trial, ganha-se ainda o chamado coverage bonus, que é convertido em tempo, aumentando a duração da partida.

Apesar da mecânica por si só viciante, o que mais chama atenção em Chime é o fato de suas fases serem músicas. Elas são Brazil, de Philip Glass, Ooh Yeah, do Moby, For Silence, de Paul Hartnoll, Spilled Cranberies, de Markus Schulz e Disco Ghosts, de Fred Deakin. Admito que entre esses, o único nome que me era familiar era o de Moby. Ainda assim, mesmo sem conhecer as faixas, elas todas combinam bastante com o clima e com o visual do jogo, mesmo que não sejam canções que você ouviria normalmente. As músicas, no entanto, não servem apenas como fundo para as fases. De acordo com o número e formato dos Quads criados, diferentes faixas são adicionadas a elas, tornando-as interativas. É bastante recompensador perceber que as músicas se tornam mais cheias e presentes quando seu desempenho é melhor.

O fato de existirem apenas cinco músicas, ou fases, pode fazer parecer com que Chime não entretenha por muito tempo, mas isso não é verdade. Os cinco estágios apresentam não apenas layouts diferentes, como as peças disponíveis em cada um deles não são iguais. Isso por si só já muda bastante a dificuldade de cada um dos níveis, mas, além disso, a barra que segue horizontalmente tem sua velocidade alterada de acordo com o tempo da música, pedindo assim que você jogue de forma sempre um pouco diferente.

É claro, mesmo levando tudo isso em conta, é pouco provável que Chime o mantenha distraído por horas e horas a fio. No entanto, ele é um excelente jogo para se ter disponível por sessões de jogatina breves, como um passatempo entre atividades. Não apenas isso, mas deve-se levar em consideração seu preço; apenas 400 Microsoft Points, o equivalente a cinco dólares. Se tudo isso ainda não o convenceu a adquirir Chime, saiba que boa parte dos lucros obtidos através do jogo pela Zoë Mode serão convertidos para a caridade, o que pode te servir como um incentivo extra para gastar esse dinheiro.

Independente de você possuir uma índole altruísta ou não, Chime é sem dúvida um dos melhores custos-benefício que você encontrará na Live. Trata-se de um jogo ao qual é fácil retornar, mesmo que não fique preso a ele por muito tempo, por um preço mais do que em conta.