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Os bares e shoppings dos anos 90 eram cheios de fliperamas. Quem viveu nessa época deve ter alguma memória em uma máquina dessas, seja com Marvel VS Capcom, Street Fighter, The King of Fighters ou qualquer outro título. Jogos simples e amados, e não tinha como resistir ao menos pedir uma ficha. Chaos Code: New Sign of Catastrophe traz isso com perfeição ao Switch, te desafiando sempre a querer enfrentar determinado oponente mais uma vez.

Relembrando os sucessos que citei acima, é um jogo de luta 2D, com personagens cativantes e, muitas vezes, esquisitos que buscam pelo item que dá nome ao jogo. Com objetivos diversos, cabe a você decidir a trajetória de quem obterá o sucesso e ser bom o suficiente para isso. O caminho não será simples, afinal de contas, que jogo daquela época te deixava ganhar tão tranquilamente assim?

Uma antiga novidade

Chaos Code, na verdade, não é um game novo. Ele nasceu justamente nos arcades, em 2011, nas máquinas RingWide da SEGA. Em 2012 o título chegou ao PlayStation 3. A versão atual, chamada New Sign of Catastrophe, chegou aos arcades em 2013 e no PS4 e PC em 2017. Ou seja, foi uma longa caminhada até termos o jogo em mãos no Switch, nesse caso literalmente.

Quando o jogo inicia e a porradaria corre solta, você precisa saber que, antes de mais nada, seria ótimo ir ao Practice. Cada lutador é muito diferente entre si, tanto em estilo quanto em habilidades, e ter conhecimento disso anteriormente te ajudará mais. Quem for despreparado ao confronto, poderá se deparar com lutadores que têm uma clara vantagem de estilo. Não saber o que fazer para vencê-los será frustrante, já te adianto.

Imagem do review de Chaos Code
É bom começar pronto, ou vai ser tirado do trono.

Os confrontos são velozes e, assim como na década de 90, perigosos. Um especial pode tirar 50% da sua vida. Tem aquele lutador apelão que você vai penar para vencer. Quanto mais pronto estiver, melhor. Assim como nos clássicos, há os modos Arcade, Versus, Practice, Survival e até mesmo o novo Mission Mode. Este último te exige vencer utilizando certas técnicas, o que pode melhorar o seu treino no geral.

Não há uma opção online em Chaos Code: New Sign of Catastrophe, o que é uma pena, mas ele te oferece o suficiente para se divertir. Além destes modos comentados, você também tem o Custom Color, onde poderá determinar as cores do seu lutador e, apesar de começar limitado, desbloqueando os itens ficará bem amplo. E a Collections, que permite ver artes, rever os finais dos personagens, animações entre outras.

Imagem do review de Chaos Code
A Collections permite que veja todas as artes.

Para homenagear a versão de arcades, inclusive, você pode jogar com a tela quadrada, com a lista de golpes na lateral para te ajudar ou na tela estendida. Aparentemente, tudo ali homenageia o que vivemos nos fliperamas e traz certa nostalgia. O jogo, inclusive, possui uma trilha sonora que remete bastante àquela época, com o som dos golpes e gritos assim como nos lembramos. Ter o áudio em japonês é outro charme, para quem lembra de algumas máquinas nipônicas que vieram ao Brasil, claro.

Em relação ao visual, é bastante visível o quanto a tela estende os pixels na televisão, o que não fica tão claro quando você está no modo portátil. Isso, de qualquer forma, não te atrapalha nos conflitos, porém mostra o quanto o título que foi revisto ainda em 2017 está datado e não teve muitas melhorias gráficas. De qualquer modo, esteja ciente de que a intenção dele é trazer de volta ao máximo a paixão que tínhamos com os sucessos antigos.

Imagem do review de Chaos Code
Você pode jogar com a tela quadrada também, como antigamente.

A história de Chaos Code

Como expliquei, o objetivo de Chaos Code: New Sign of Catastrophe é simples. Você tem suas próprias motivações para buscar o artefato, com um hall de 16 personagens, cada um com sua própria história e diferentes abordagens. O herói Hikaru tem ordens diretas de conseguir o Code antes que o vilão Kudlak-Sin coloque suas mãos nele. Outro personagem, Bravo, quer o objeto para reerguer seu restaurante. Pode parecer esquisito a primeiro momento, mas é exatamente essa a graça que os arcades tinham, trazer este estilo de lutadores para se tornarem marcantes.

No final das contas, não quero dizer que nenhum deles importa e sua história não é relevante, mas quando chamar seus amigos para ir em casa, com certeza você não vai se referir a eles pelos seus nomes. Vai ter o cozinheiro, a robô, a maid, o vampirão, os gêmeos etc. A característica marcante de cada um que acabará fazendo você se recordar deles e refletir sobre isso chega a ser até engraçado. Lembra da época que ouviu falar do Sub-Zero Amarelo? Essa sensação vai se repetir por aqui.

Imagem do review de Chaos Code
O cozinheiro, digo, o Bravo pode ser punk às vezes.

Cada um deles possui dois finais, um que ocorrerá naturalmente ao fim de cada sequência de Arcade que você participa, e o outro pode ser adquirido após conseguir pontos e desbloquear nas coleções. São finais alternativos que, até onde você se aprofundará no título, não mudam muita coisa.  Porém são essenciais caso queira se aprofundar ainda mais no enredo. Particularmente falando, achei o lore bem interessante estou até curioso para ver o futuro da franquia.

Assim como os primeiros Street Fighter e Mortal Kombat, ele não é um game longo. Você consegue realizar todas as tarefas dele em um dia, se for muito bom. O que demora e desafia mais é o Mission Mode, que pode te dar bastante trabalho se você não tiver masterizado todos os comandos que o jogo oferece. O Survival durará enquanto sua habilidade e HP permitirem, mas os lutadores manterão a mesma dificuldade. Com um pouco de tempo você conseguirá lidar com ele de forma tranquila.

Imagem do review de Chaos Code
Cada personagem segue sua própria trama e motivação.

Chaos Code: New Sign of Catastrophe é um daqueles títulos que você treina, fecha, chama os amigos e se divertem numa tarde de sábado ou domingo na frente do console. E como todos vocês sabem, estão em falta jogos assim. Com uma bela homenagem da FK Digital aos jogos de luta antigos e um equilíbrio que leva um tempo para compreender, traz exatamente como eram os tempos de fliperama de volta e, dessa vez, podendo ser carregado para qualquer lugar.

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