Fazem uns bons anos que não temos um jogo de plataforma que resgate aquela nostalgia de um Mega Man ou Metroidvania. Mesmo com a recente chegada do Metroid Dread, ainda ficou aquele gostinho amargo de que o nosso coração sente falta de um jogo de ação e plataforma com visual pixelado e cheio de mecânicas inventivas, não é mesmo?
Atendendo as viúvas desse gênero, que vez ou outra descobrem uma pérola perdida por aí, a Joymasher lançará Vengeful Guardian: Moonrider. O estúdio por trás de Oniken, Odallus e, o meu preferido, Blazing Chrome, promete resgatar a veia retrô e deu uma amostra do que podemos esperar com este preview.
O mais puro suco dos anos 90
Tivemos o prazer de receber a demo deste jogo de nome complexo e que estará disponível para o público a partir da Steam Next Fest (03 a 10 de outubro) até o lançamento, que está programado para o fim deste ano.
Como se quisessem resgatar o futurismo de RoboCop, com pitadas do estilo gore de Juiz Dredd, os desenvolvedores criaram uma narrativa que promete permear a ação deste plataforma com deslocamento lateral e visual 16-bit.
Num futuro (talvez não longínquo), as autoridades construíram super soldados para serem usados como armas de guerra, porém um deles, Moonrider, rejeitou suas diretrizes e iniciou uma guerra por vingança contra seus criadores.
Será neste cenário que controlaremos um misto de Samurai de Prata, com Alex Murphy e habilidades da katana. As referências não param por aí, pois um quê de Ninja Gaiden do NES, Mega Man do SNES, e até mesmo o mais recente The Messenger são influências facilmente reconhecíveis.
Mesmo sem muitos detalhes nas duas fases jogáveis, ficou claro a ambição do estúdio em criar um personagem que possa oferecer diversas mecânicas, com ataques e customizações.
Ação frenética para ninguém botar defeito
Mesmo sabendo que esta versão não carrega as fases que teremos no jogo final em seu lançamento, ficou muito claro que a ideia era criar um jogo dinâmico e que permitisse uma jogabilidade rápida e frenética. As duas fases foram completadas em menos de dez minutos, inclusive com a batalha contra um chefe no final da fase.
Estando muito longe de ser um exímio “pro player”, a jogabilidade de Vengeful Guardian: Moonrider permite uma incrível fluidez nos movimentos, com escolha de ações que facilitam o deslocamento e também os ataques. Independente de qual tipo de inimigo você terá pela frente, os desenvolvedores criaram uma forma de você lidar com eles sem perder o seu ritmo.
Ataque corpo a corpo, tiro, chutinho na diagonal quando está no ar e, o mais importante, um pulo que você consegue controlar ao manter o botão pressionado por mais ou menos tempo. Isso sem contar o botão de correr, que ajuda em muito para manter o nível de atenção lá em cima ao mesmo tempo que favorece os mais apressados, inclusive para quem curte um speed run.
Na wishlist do meu coração
Ao terminar a demo, uma sequência revela o que podemos esperar de Vengeful Guardian: Moonrider. A cada segundo mostrado a ansiedade só aumenta, pois a proposta trazida pela Joymasher realmente agrada desde o início. Não somente pela jogabilidade viciante ao mesmo tempo que é fácil, mas pelo conjunto da obra. Temos um indie que pode ocupar um patamar alto na busca pelo GOTY.
Com visual muito bem trabalhado, a ponto de você notar detalhes ao fundo e o cuidado ao criar os inimigos, a direção de arte consegue misturar esse futurismo à la Cyberpunk ao mesmo tempo em que carrega sua própria identidade, tudo muito bem construído e que combina perfeitamente com a trilha sonora.
Se apenas duas fases já conseguiram me empolgar nesse nível, com certeza a versão final, com tudo o que pudermos buscar, colecionar e enfrentar, podem fazer de Vengeful Guardian: Moonrider o indie de 2022 e talvez tomar o lugar de Blazing Chrome em nossos corações.