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Se você tivesse o poder de influenciar a humanidade, o que faria? A maioria provavelmente usará tudo que está ao seu alcance para assegurar que a humanidade tenha o melhor destino possível. Outros, mais maliciosos, podem utilizar esse poder para ver o circo pegar fogo. E ainda podem existir aqueles que simplesmente abdicariam de tal poder. Seja qual for a sua escolha, The Universim é um jogo criado para testar as suas habilidades de Deus, te colocando para guiar as suas criaturas durante a sua jornada como civilização.

Seguindo o estilo de jogos como Black & White, caberá a você, o criador da humanidade, a tarefa de supervisionar a evolução da sua civilização, partindo de um início primitivo até a era high-tech. Revivendo um gênero que, infelizmente, foi deixado de lado nos últimos anos. The Universim é uma grata surpresa que tem tudo para se tornar um excelente jogo.

Recompensando seus fiéis

The Universim não é simplesmente um jogo de gerenciamento comum. O grande diferencial do jogo é que você, na condição de Deus criador, é capaz de interferir de diversas maneiras na vida das suas criaturas, os recompensando ou punindo conforme o jogo progride. 

Recompensar ou punir seus fiéis, além do entretenimento gerado, tem a sua função. Sendo temido ou amado, as orações gerarão pontos de criador, te permitindo interferir na vida dos cidadãos. Se você for amado, eles irão gerar pontos através de rituais de oração, mas se você for temido os pontos chegam através de rituais de sacrifício.

A lista de poderes é imensa e aumenta conforme o jogo progride.

Durante o jogo, é possível usar o poder de telekinesis para arrastar recursos até os locais de construção, poupando o tempo da logística de ter que se locomover para entregar o material até o local do novo prédio. Além dos recursos, o mesmo pode ser feito manualmente com os cidadãos.

I am a God

Mesmo que eu não consiga entender o porquê, há algo de muito divertido em interferir na vida alheia. Porém, caso essa não seja a sua praia, dá para continuar jogando apenas construindo e observando o que a sua civilização faz. Nesse estágio inicial, não há só um estilo de jogo permitido, o que é ótimo para o fator de rejogabilidade.

Como dito anteriormente, a grande novidade de The Universim não é tão nova assim, visto que outras franquias já exploraram o mesmo terreno. Contudo, jogos como Black & White já estão antigos, caindo naquele sentimento de nostalgia dos fãs. Ver uma série nova explorando o gênero é, além de animador, uma experiência atualizada.

Para essa build, a era espacial ainda não foi disponibilizada, mas aparentemente ela funcionará de maneira semelhante à de Spore – jogo esse que também foi uma clara inspiração em The Universim. A evolução das eras pode deixar muitos fãs do jogo da Maxis nostálgicos.

As estações exercem um papel fundamental para a sobrevivência.

Uma pena que, pelo visto, The Universim ainda não está otimizado para todas as resoluções. A Interface é meio confusa e pequena, o que pode acarretar em problemas para alguns usuários. Além disso, apesar da existência de um modo tutorial, algumas mecânicas não são explicadas de acordo. Para conseguir levantar uma pedra, por exemplo, tive que tentar de tudo até descobrir que não bastava simplesmente selecionar o poder, mas sim apertar a tecla ctrl junto.

Por fim, The Universim busca preencher uma lacuna há muito tempo esquecida pelos jogos de gerenciamento. De certo que construir a sua civilização é divertido, mas influenciar como uma divindade até os menores aspectos do homem é ainda melhor. A julgar pelo conteúdo apresentado, creio que o lançamento da versão final esteja próximo, e tudo que foi mostrado até o momento agrada bastante.