Após um ano do lançamento de The Dark Pictures Anthology: House of Ashes, a Supermassive Games liberou um preview de The Devil in Me. Reunindo um pouco de tudo o que já foi divulgado e mostrado em trailers e no showcase com o diretor Tom Heaton, nós jogamos esta prévia para trazer o que esperar do quarto jogo da antologia de terror publicada pela Bandai Namco.
Com uma build de aproximadamente uma hora do primeiro ato, dos três previstos para a versão final do jogo, The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me nos leva ao Hotel da Morte e mergulha em uma narrativa baseada em fatos reais em torno de H.H. Holmes, o primeiro assassino em série dos Estados Unidos.
Sejam bem-vindos ao Hotel da Morte
Assim como o segundo jogo da série, Little Hope, teve inspirações em fatos históricos, os desenvolvedores decidiram resgatar esta ideia e irem de cabeça em uma história que assombrou a cidade de Chicago em 1893, durante a famosa Exposição Universal, que inclusive serviu de inspiração para livros e séries. Usando este gancho oportuno do passado sombrio americano, somos apresentados aos cinco personagens que controlaremos neste jogo.
Logo de cara conhecemos Charlie Lonnit, dono da Lonnit Entertainment e responsável por filmar o documentário sobre o real Holmes e seu hotel, como parte da série Architects of Murder. Depois somos apresentados à jornalista investigativa e apresentadora da série, Kate Wilder, e Mark, o cinegrafista. Na sequência jogamos como Erin, a engenheira de som, e por último, mas não menos importante, a chefe de equipe, Jamie.
Além do elenco de protagonistas, somos “apresentados” ao misterioso Granthem Du’Met, responsável pelo Hotel da Morte e por “hospedar” a equipe de produção, além do próprio Dr. Henry Howard (H.H.) Holmes, o antagonista desta história, seja lá como for sua participação e aparição. Temos também uma breve participação do O Curador, narrador e personagem recorrente na antologia e que retorna para este quarto e, como confirmado pela Bandai Namco, o último volume desta primeira série de episódios.
Um maravilhoso filhote do terror Hollywoodiano
Nesta primeira parte jogável conhecemos a motivação e “ganância” de Charlie, colocando seu grupo de profissionais em risco dentro do Hotel da Morte, a relação que cada um dos personagens possui e como um assassino morto a mais de 120 anos ainda pode ser uma grande ameaça (ou inspiração).
Muito inspirado por Jogos Mortais, para criar um mundinho repleto de armadilhas, animatrônicos ameaçadores e perigos em cada sala ou corredor, podemos perceber que a direção de Tom Heaton buscou no estilo pulp das obras publicadas entre 1920 e 1950, além do claro resgate de filmes como O Iluminado, Sexto Sentido, Psicose e Videodrome.
Para a jogabilidade, parece que a Supermassive Games ouviu a comunidade e, além de resgatar a mecânica de premonições, utilizada anteriormente, agora temos um foco muito maior na exploração. Quase como se estivéssemos presenciando o melhor do horror de Resident Evil, em sua época primordial, podemos utilizar os personagens para interagir ainda mais com itens e cenários.
Seja com comandos para abrir gavetas, girar itens, folhear livros, arrastar móveis, subir ou descer por obstáculos, além disso também temos quebra-cabeças para serem resolvidos e que, por sinal, me trouxeram um grato sentimento nostálgico da época de ouro dos survival horrors de PSOne e PS2. Isso sem contar que agora todos os protagonistas possuem inventário para carregarem até quatro itens e que serão úteis na exploração e progressão.
Erin utiliza seu equipamento de áudio para se guiar pelos sons. Mark utiliza sua máquina para fotografar ou estourar o flash, iluminando os ambientes. Jamie, como sábia e pau para toda obra, parece carregar a maior quantidade de enigmas para serem descobertos. Kate não ofereceu muito diferencial, pelo menos nesta prévia, e Charlie conta apenas com um isqueiro e seu cartão platina, para abrir portas ou gavetas. Genial!
Um é pouco, dois é bom… Quatro é ainda melhor!
A sensação que fica é de evolução e de um jogo mais robusto, além de confiante no trabalho que vem fazendo com a série até o momento. Na primeira run foram diversos sustos, por conta da excelente imersão e atmosfera, além de dúvidas sobre qual direção seguir, desde os diálogos mais bobos às decisões mais críticas frente ao perigo e morte iminente.
Tudo muito bem construído para explorar ao máximo o potencial de cada personagem, inclusive com o backtracking durante o gameplay, ou até mesmo aumentando o fator replay, já que sempre fica aquela pulguinha atrás da orelha sobre “e se eu tivesse feito diferente?”.
Ao fim desta prévia a primeira reação foi “preciso retornar”, seja para achar todos os colecionáveis, segredos ou moedas, que vão desbloqueando os conteúdos extras, ou principalmente refazer as decisões tomadas anteriormente.
O que nos resta é aguardar o lançamento oficial, dia 18 de novembro, para avançarmos mais nesta incrível história de terror e suspense. Se vale de algo, vindo de alguém que morre de medo de qualquer obra desse tipo, é que eu não vejo a hora de continuar a jogar.