Os jogos conhecidos como “roguelike” certamente chegaram para ficar. O estilo frenético e a jogabilidade simples dos títulos desse gênero o tornam um dos favoritos entre as desenvolvedoras de jogos indie. Seguindo essa premissa, ScourgeBringer tenta honrar o estilo, combinando a jogabilidade característica do gênero com algumas nuances interessantes.
Não espere por elementos mirabolantes ou alguma inovação de cair o queixo. ScourgeBringer te oferece um gameplay simples, mas muito bem feito. Sabendo disso, a trilha sonora e a ação intensa certamente são os elementos que mais chamam a atenção durante esse período de acesso antecipado.
Uma lição de beleza e simplicidade
Logo ao se entrar no primeiro nível é perceptível que esse se trata de um jogo simples, mas muito bonito esteticamente. O estilo de arte chama muito a atenção, apesar de não possuir nenhum elemento gráfico impressionante. Tudo isso contribui para que as batalhas sejam muito bonitas do ponto de vista estético, deixando fácil de enxergar os ataques inimigos e as suas próprias habilidades.
A simplicidade também se estende ao combate. É claro que, por ser um jogo indie, isso já era esperado, mas ScourgeBringer tem um charme especial. Os movimentos são bem fáceis, mas muito fluidos, onde jogador irá passar a maior parte do tempo combatendo os inimigos no ar, utilizando combos e golpes para desnortear os inimigos.
Os inimigos também não fazem nenhum tipo de malabarismo ou ataque mirabolante, mas são bem desafiadores. Em grandes quantidades, será difícil lidar com a enorme quantidade de projéteis disparados. Os chefões, por outro lado, possuem um arsenal muito mais variado de ataques especiais.
Porradaria e uma trilha sonora de tirar o fôlego
O grande ponto de ScourgeBringer é incentivar o jogador a partir para os ataques corpo a corpo. Diferentemente de muitos jogos desse gênero, aqui há uma quantidade limite de projéteis a serem disparados. Para efetuar a recarga, será necessário partir para o ataque corporal, mas mesmo uma recarga completa garantirá apenas alguns disparos à sua personagem.
Esse é um elemento muito interessante do jogo, pois faz com que a ação aqui seja frenética. Obviamente, com tanta ação rolando é de se esperar que a trilha sonora acompanhe esses momentos, e o jogo mais uma vez cumpre muito bem essa expectativa. Se escorando no bom e velho metal, as musicas aqui combinam perfeitamente com a sua atmosfera intensa.
A dinâmica aqui é bem fácil: explore as salas e mate o chefão. Contudo, antes de se enfrentar o temido monstro do final da fase, é necessário matar um sub-chefe. A sua localização é aleatória, já que o jogo gera o mapa proceduralmente. No meio do caminho, é possível comprar upgrades e receber melhorias de uma fonte especial, tornando esse processo de exploração mais interessante. Ir diretamente para o chefão antes de encontrar esses pontos de aprimoramento não é recomendável.
Um jogo com potencial
Deve-se mencionar que a morte é algo a ser evitado a todo custo por aqui. Você voltará ao primeiro nível caso isso ocorra, não importando em qual fase esse evento infortúnio aconteceu. Mas não fique triste, pois suas melhorias continuarão ativas, e você receberá pontos para desbloquear mais algumas delas. Sim, isso parece um prêmio de consolação para tanto esforço investido, porém essa característica punitiva torna o jogo muito interessante, já que os níveis são bem curtos.
ScourgeBringer ainda está em sua fase de acesso antecipado, mas funciona muito bem em seu estado atual. Obviamente que muitos recursos ainda estão por vir, o que tornará o jogo muito mais interessante e completo. Trata-se de um jogo simples em seu conceito, mas muito desafiador em sua jogabilidade. Os prognósticos sobre o seu desenvolvimento, levando em conta o que já está sendo apresentado, são os melhores possíveis. Certamente esse é um jogo que até mesmo pessoas que não são fãs do gênero “roguelike” podem, eventualmente, desfrutar.