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Sobreviver não é nada fácil. Aqui, eu não digo isso apenas sobre os jogos do gênero de sobrevivência – ou os que possuem algum elemento relativo ao gênero –, mas também me refiro à vida real. Floodland busca incrementar o elemento natureza a essa complexidade, mas adicionando o fator mudanças climáticas para se diferenciar do restante dos jogos do gênero. 

Inspirado por títulos como Surviving the Aftermatch e Rimworld, manter uma colônia durante um mundo inundado é o grande desafio a ser batido pelo jogador. Jogos de sobrevivência não são exatamente uma novidade no que se refere ao conceito, então o que Floodland poderia trazer de inovação? É uma pergunta bem difícil de responder pelo pouco conteúdo disponibilizado na demo, mas que tentarei destrinchar.

Aposta conservadora

O título do jogo já deixa bem claro o que você deve esperar. Em Floodland, um planeta arrasado pelas enchentes é o pano de fundo de toda a trama. Aqui, um grupo de sobreviventes deve utilizar o que está ao seu redor como recurso, investindo em tecnologias que facilitam o processo para, no fim, reconstruir a sociedade humana.

Sobre os aspectos técnicos mostrados, não há muita diferença do que fora apresentado para outros jogos similares. Toda a jogabilidade é bem padrão para um jogo do gênero de sobrevivência, contemplando buscar recursos para manter a população viva e, com isso, investir em pesquisa para liberar construções que facilitem ainda mais a coleta e proporcionem um conforto maior ao bando. 

Floodland
O gráfico não é o forte de Floodland

Em Floodland, captar recursos significa designar manualmente uma área de exploração, atuando como um verdadeiro caçador-coletor. Após obter a tecnologia necessária, é possível criar postos avançados que automatizam a tarefa de coleta, aumentando a eficiência e diminuindo a necessidade de se locomover pelo mapa. É uma mecânica simples, pouco inovadora, mas que funciona no contexto do jogo.

Até o momento, apenas inovações relativas à troca de função de alguns edifícios foram mostradas. Tal mecânica lembra bastante o esquema de troca de função dos edifícios na franquia Tropico, onde um mesmo prédio pode ter diversas funções que garantem bônus diferentes.

Interessante, mas mostra pouco

Apesar da proposta, Floodland não apresenta muito na versão beta. O sistema de progressão e exploração são bem comuns em comparação a jogos similares, e o jogo não oferece muito mais do que algumas horas de gerenciamento e exploração. Mecânicas de leis e distritos estão presentes, mas, durante a versão que tive acesso, não pude mexer nas mesmas.

Floodland está nas mãos de alguns desenvolvedores que já trabalharam em jogos famosos, como Dying Light, This War of Mine e Frostpunk. Esses dois últimos jogos possuem narrativas excelentes, portanto é esperado que Floodland receba a mesma atenção nos elementos narrativos.

Floodland
A construção das residências dos colonos é de total responsabilidade sua

O pouco que consegui descobrir de Floodland parece bastante similar a jogos mais antigos. Por um lado, a pouca inovação é um problema, visto que não há nada que chame a atenção; mas, por outro lado, investir em mecânicas já consagradas pode ser um passo seguro rumo a um jogo estável, já que a empresa por trás do jogo é nova. O que será do futuro apenas novos updates poderão confirmar, mas a versão final de Floodland estará disponível no dia 15 de novembro.