A febre do momento no mundo dos games multiplayer são os jogos do gênero Battle Royale e há tantas opções para jogarmos que todos tentam oferecer uma experiência diferente, mas não necessariamente positiva. A desenvolvedora russa Vostock, fundada pelos responsáveis pela série S.T.A.L.K.E.R., trouxe para aumentar a disputa nesse disputado gênero o seu novo jogo, Fear the Wolves.
Nele você não terá apenas que pular de paraquedas para a briga com outros jogadores como também terá de se defender de lobos que tiveram sua genética modificada por uma contaminação nuclear e, claro, sobreviver ao ambiente hostil enquanto o avião de resgate não chega. A partida pode contar com uma quantidade absurda de pessoas, 99 (assim como Playerunknown’s Battlegrounds), onde o ambiente de sobrevivência vai ficando cada vez menor e o perigo maior.
O battle royale da depressão
Conhecemos muito bem esse estilo e sabemos de sua quantidade, mas quando se trata de qualidade nem todos chamam muita atenção. No caso de Fear the Wolves, é impossível não pensar em uma mistura de S.T.A.L.K.E.R. com Fortnite, só que sem a construção de fortalezas e com bugs. Pulamos do helicóptero já com aquele pensamento de “onde será que vale mais a pena aterrissar?” e, neste caso, realmente precisamos pensar bem, já que nem todas as casas vão conter bons itens.
Esse glorioso helicóptero comporta um número insano de pessoas, até 99 jogadores ao total, sendo que em cada partida podemos ter mais facilidade ou dificuldade de acordo com a quantidade de jogadores presentes. Após pular do helicóptero, dá tranquilo para definirmos onde cair controlando o paraquedas, assim como nos outros Battle Royale. No mapa temos uma série de pontos em laranja que representam locais que possuem armas melhores para o combate. Conforme o tempo vai diminuindo, o mapa vai ficando cada vez menor, sendo preenchido por vermelho que representa o gás tóxico. Vence o jogo quem sobreviver até o final? Não exatamente.
Fear the Wolves lembra muito SOS, onde temos um helicóptero de resgate em algum ponto do mapa à nossa espera, que surge conforme o número de jogadores vivos diminui. O objetivo aqui é chegar no helicóptero antes do tempo acabar, também precisando nos preocupar com os outros jogadores que tentam chegar até lá, todos batalhando para conseguir fugir.
Agora entra a parte que eu mais gosto e odeio: os lobos. Sim, diferente dos Battle Royales comuns em que os únicos inimigos são humanos, aqui temos que lidar com lobos controlados por IA. Eles são fáceis de matar quando não nos percebem nas proximidades, mas quando estamos no campo de visão deles… Corra que a coisa vai ficar muito feia! Por ter alterações genéticas, o lobo acaba ficando muito mais forte, podendo acabar com você em apenas dois ataques, no máximo três. Eles emitem pequenos sons, então conseguimos saber quando estão próximos de nosso local, facilitando um pouco para não ocorrer alguns problemas no caminho.
As armas são básicas, da pistola até as snipers, então já se pode imaginar o que iremos encontrar para matar os adversários. Também temos a mascara de gás que, se você for alguém de sorte, pode encontrar e caminhar pela área vermelha do mapa sem muitos problemas. Também temos alguns itens de cura, parecendo uma garrafa de água que encontramos em algumas instalações. O game até o momento está apenas em modo solo, mas em breve devem lançar também um modo squad para jogarmos com a galera.
O Rei do Bug
O game em si parece divertido e nos faz lembrar jogos já conhecidos, mas se tem uma coisa que ele ganha de todos é no bug. Ao entrar na tela de game o jogo já trava umas duas vezes pelo menos, causando uma certa depressão antes mesmo de pularmos no helicóptero. Ao pular também sentimos isso, à partir do momento em que a câmera volta à personagem e conseguimos enxergar por dentro do corpo – mesmo que digam que está melhor agora do que na fase inicial, não consigo acreditar muito nisso – já que é um bug gritando em questões gráficas e que muitos vão sentir o incômodo.
Ele pode acabar sendo divertido de se jogar com amigos, talvez ajudando para que você não passe tanta raiva com as travadas que acabam dando quando estamos nos deslocando de um lugar para o outro e até quando estamos atirando em algum inimigo – e que por alguns segundos não sabemos se estamos morrendo ou ganhando naquele momento.
Se você tem uma paciência de ouro e quer insistir no game para fugir um pouco de PUBG e Fortnite com os amigos, pode valer a pena, caso não seja bem assim, melhor nem gastar sua grana com essa cansativa jogatina de Fear the Wolves.