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Você consegue imaginar Hades sem o Zagreus como protagonista e sem a dinâmica entre ele e seu imponente pai? Pois é, a Supergiant Games estava seguindo por essa linha antes do seu grande lançamento e quase perdeu um dos elementos mais importantes do game, diga-se de passagem. O papel principal da aventura quase foi de Teseu, mas mudaram de ideia aos 45 do segundo tempo.

O diretor criativo do jogo, Greg Kasavin, afirmou que a ideia era completamente diferente, mas que reutilizaram muitos elementos do que já tinham criado. “O conceito era que a cada partida você veria uma diferente forma do mito de Teseu. Mentalmente isso era interessante. Mas quando tentamos dar vida ao protagonista, ele corria o risco de se tornar meio genérico. Aí quando adicionamos alguns detalhes nele, não parecia mais o personagem da mitologia”.

A partir disso, viram que o próprio Hades era algo que poderia ser trabalhado melhor. “Acabamos vendo que não existem muitas histórias sobre o deus do mundo dos mortos, aparentemente porque os gregos tinham medo dele. Então não falavam muito dele. Mas aí percebemos…Hades tem um nome icônico e é um dos principais deuses do panteão grego. E como, ainda assim, tinham tão poucas histórias sobre ele e seu filho?”

Kasavin afirmou que depois que tiveram essa iluminação, tudo fluiu melhor. “Encontramos um melhor ponto de vista do protagonista, com um tema geral e uma técnica de storytelling que funcionavam perfeitamente. As coisas se uniram de forma bem veloz depois disso”.

Vamos combinar, se Hades não tivesse Zagreu e fosse uma história completamente distinta, perderia metade do seu charme e sua popularidade não seria tão alta quanto atingiram em 2020. Até o momento, o game foi lançado apenas para PC e Nintendo Switch.