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A Electronic Arts terá de responder a um novo processo referente ao seu cansativo sistema de loot boxes, dessa vez do Canadá. Dois jogadores, um de Madden NFL e um de NHL, entraram com uma ação civil contra a empresa, alegando que estão em conflito com as leis canadenses sobre jogos de azar, onde é regularmente classificado.

O processo também abre uma brecha para todos que tiveram qualquer compra de algo relacionado ao sistema desde o ano de 2008, com mais jogadores podendo se unir à causa. A ação cita os casos internacionais, como no Japão e na Coreia, onde as loot boxes estão sendo reguladas pelo Governo e nas recentes leis belgas e dos Países Baixos sobre o assunto. Inquéritos do tema também estão em andamento nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Porém, países como a França e a Nova Zelândia, que já passaram por todo o procedimento, concluíram que a prática não configura na classificação de jogo de azar. Logo, a conclusão disso dependerá muito da forma como o Canadá e o seu sistema legal enxergam o procedimento e o que levarão em consideração para tomar uma decisão.

Este não é o único processo aberto contra a Electronic Arts nos últimos meses, com um cidadão dos Estados Unidos, originado no Estado da Califórnia, movendo uma ação relacionada ao FIFA Ultimate Team. Considerando que, nesse caso, a sua sorte definirá o desempenho que terá in-game, é inegável que faz diferença no título ao contrário das demais companhias que incluem apenas itens cosméticos. O sistema penal americano ainda não se manifestou sobre.

A discussão está muito longe de terminar sobre o assunto, com vários países já debatendo sobre o assunto. A Bélgica e os Países Baixos estão próximos de concluir um novo regulamento sobre o sistema de loot boxes para o país e prometem ser percursores de um movimento global. Aqui no Brasil há poucos debates sobre o tema, apesar das diversas reclamações dos jogadores relacionadas a EA Games.