Nascido em 2019, a partir de uma parceria entre o Grupo Globo e a DCSet, o Campeonato Brasileiro de CS:GO (CBCS) completa um ano neste sábado (25) e se firma como um dos principais campeonatos de jogos eletrônicos do país. Desde o início, o desafio da liga foi trazer partidas disputadas e consolidar o surgimento de atletas profissionais de esports no cenário nacional. Ao longo do primeiro ano, 10 franquias passaram pelo CBCS, com mais de 114 atletas em cerca de 155 partidas que levantaram as torcidas na Twitch, YouTube e SporTV 3.
A primeira aparição da liga foi num dos maiores eventos de games do mundo, a Game XP, que foi realizada no Rio de Janeiro. Neste mesmo momento, o CBCS foi palco de algo que até então era inédito no cenário do Counter-Strike, um time composto apenas por mulheres enfrentou um time masculino, na ocasião, a partida foi entre Black Dragons e INTZ.
O primeiro split foi marcado pela rivalidade entre Evidence e Redemption nas semifinais da competição, e a grande final consagrou a Imperial como a primeira campeã do CBCS. Além da premiação em dinheiro, os imperadores garantiram a vaga para um campeonato internacional, a StarSeries i-League S8, onde tiveram a oportunidade de enfrentar grandes times internacionais, Mibr e Fnatic.
“O primeiro split foi especial por diversos motivos, além de termos conhecido o primeiro campeão brasileiro, fechamos o primeiro patrocínio do campeonato com a entrada do Banco do Brasil, que está com a gente até então”, lembra Miah Campos, diretora do CBCS.
O segundo split não foi diferente, a liga continuou aperfeiçoando suas operações e engrandecendo sua estrutura. Com isso, o resultado foi uma Grande Final presencial, aberta ao público, na Max Arena. Na ocasião, Imperial e Redemption disputaram o título da segunda temporada e os gaúchos levaram a melhor em um confronto muito disputado.
Uma nota triste deste split foi a morte prematura do jogador Brutt, da Imperial, considerado por muitos como uma jovem promessa do cenário nacional e que até hoje é o jogador com mais MVPs do CBCS, somando 10 no total.
Em 2020, o CBCS fez mudanças, tanto no formato, quanto na sua estrutura física e operacional. O objetivo era levar uma melhor experiência para a comunidade de counter-strike no Brasil, fazer com que toda transmissão fosse um verdadeiro show. Infelizmente, no meio de tudo isso, veio a pandemia do coronavírus e a liga precisou reformular muito do seu planejamento inicial. Com isso, também, sugiram novas oportunidades e, a fim de trazer ainda mais entretenimento para os fãs de CS:GO, e também mais aprendizados para os jogadores das equipes franqueadas, a liga trouxe para seu plantel de times BOOM e Sharks, equipes conhecidas internacionalmente que deixaram as partidas as ainda mais emocionantes.
Mesmo com uma operação 100% remota, o CBCS conseguiu colocar no ar, todas quintas e sextas-feiras, o Campeonato Brasileiro de Counter-Strike e, de forma inédita no Brasil, uma transmissão totalmente remota foi veiculada nos canais SporTV e serviu de case para que outros programas da grade adotassem essa prática. O The Rising teve uma final inesperada entre BOOM e Redemption, o que mostra muito da qualidade das equipes fraqueadas à liga.
O primeiro split de 2020, o The Rising, também marcou a entrada de uma nova marca para a carteira de patrocinadores da liga, Lenovo entrou com objetivos ambiciosos e querendo construir, ao lado do CBCS, um cenário muito mais profissional para o Counter-Strike.
O CBCS, neste primeiro ano, acumula diversas conquistas, mas entende que ainda há um longo caminho para percorrer. O objetivo da liga é crescer cada vez mais, trazendo novas equipes e grandes nomes para o seu hall de jogadores. “Procuramos ser transparentes e ouvir todas as franquias, os players e a comunidade. Nossas redes sociais cresceram muito e fico muito feliz por perceber que imprimimos, em tão pouco tempo, uma importância dentro do cenário do CS”, explica Pedro Sancha, diretor do CBCS
Para o The Conquest, o CBCS traz um novo time – Santos HotForex – e novos jogadores. Mas, sem dúvida, o principal e mais aguardado é que, pela primeira vez, o campeonato abrirá as portas para que equipes não-franqueadas possam jogar o CBCS, através de um Open Qualify. O campeonato começa no dia 23 e terá quatro partidas em sequência.
“Aposto que muitas emoções ainda virão em 2020. A nossa principal meta com esse projeto é desenvolver um cenário cada vez mais profissional, mais engajado, agregar valor para todas as marcas que estão no ecossistema CBCS e trazer uma experiência fantástica para a comunidade”, destaca Sancha.
Neste primeiro ano, Miah lembra ainda que o CBCS proporcionou à 144 atletas e 10 equipes a oportunidade de disputar campeonatos de alto nível com a garantia de uma ótima infraestrutura. “A popularização das franquias, e a experiencia delas estão diretamente ligadas ao sucesso de público que temos” finaliza Miah.