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Sem dúvida 2017 foi um ano atípico, recheado de jogos excelentes. Pra ser sincero, fazia tempo que não me empolgava tanto com os lançamentos. Além dos títulos AAA, vários jogos indies também me surpreenderam: Hellblade: Senua’s Sacrifice, Observer, Sundered e Rise & Shine são só alguns exemplos. Tem também os jogos que não joguei, como os exclusivos do PlayStation 4 (Horizon Zero Dawn, Uncharted: The Lost Legacy e Nier: Automata) e outros títulos que, por falta de tempo, passei a bola para outros editores do Gamerview fazerem análise (Nioh, Call of Duty: WWII, Assassin’s Creed: Origins, South Park: The Fractured But Whole e muitos outros).

O ano voa, a gente envelhece, o tempo encurta, mas estamos aí na batalha pra cobrir todas as análises possíveis. Aliás, só este ano, publicamos até o momento 204 análises. DUZENTOS E QUATRO ANÁLISES, MALUCO! Neste ritmo e com a equipe de colaboradores aumentando, certamente iremos bater o nosso recorde em 2018. Conquistas à parte, bora listar meus três jogos favoritos de 2017.

Resident Evil 7: Biohazard

Convenhamos, a série principal estava bem mal das pernas. Se não fosse por Resident Evil: Revelations 1 e 2, eu já teria desistido da franquia. Mas quando a Capcom anunciou Resident Evil 7: Biohazard, e sendo um jogo em primeira pessoa, minha empolgação voltou com tudo. Na mesma proporção, eu estava com medo do jogo dar errado. Medo que depois, no lançamento, virou uma experiência extremamente prazerosa. Que jogo! Nunca vou esquecer os sustos ao perambular pela mansão da família Baker.

Além de oferecer aquela tensão frequente,  Resident Evil 7: Biohazard é bonito e muito bem planejado. Um jogo com game design primoroso, com ação e furtividade cuidadosamente colocados na balança. Além da campanha principal, os DLCs também dão um show: Banned Footage Vol. 1 e 2 aprofundam a história com conteúdo de primeira, além de alterar o gameplay com outras mecânicas bastante criativas. Not a Hero e End of Zoe então, que DLCs incríveis! Se você ainda não jogou, faça um favor à si mesmo e compre a versão Gold Edition, que já vem com tudo.

Wolfenstein 2: The New Colossus


Eu adoro as surpresas da Bethesda. Wolfenstein 2: The New Colossus, game que ninguém sabia que estava sendo produzido, foi revelado ao mundo durante a E3 2017 em pleno mês de julho, apenas quatro meses antes do lançamento. Gosto muito mais desse tipo de marketing do que anúncios de jogos que serão lançados somente daqui uns 2 ou 3 anos (Death Stranding, estou falando de você). Ao assistir o primeiro trailer, meu sangue anti-nazista ferveu e o hype foi parar nas nuvens. Felizmente, a minha expectativa foi prontamente atendida.

Wolfenstein 2: The New Colossus entrega uma campanha absurdamente viciante, com uma ótima história, gameplay redondinho e muito humor. Deus, como eu adoro humor negro em FPS com brucutus. Por ironia, o protagonista B.J. evoluiu e ficou ainda mais humanizado e interessante aqui. Difícil não se importar com ele durante a campanha, já que seu passado é bastante explorado nesta sequência. Agora se você não liga muito pra história, fica tranquilo que o que não falta é ação e nazistas pra você trucidar com armas insanas.

Divinity: Original Sin 2

Pensa num RPG absurdamente completo, que apresenta todos os conceitos do RPG tradicional de mesa, empresta mecânicas de RTS, e ainda entrega uma cacetada de ideias novas. Pois bem, esta é só uma breve descrição do que é Divinity: Original Sin 2. Confesso que não joguei o game anterior ou os antigos da franquia. Caí de cabeça no game da Larian Studios somente este ano e, minha nossa, preciso arrumar tempo pra continuar esta complexa e longa jornada.

Divinity: Original Sin 2 tem uma história incrivelmente cativante, dá bastante liberdade na criação do seu personagem, oferece uma mescla insana de atributos, entrega inúmeras opções de party e garante combates realmente únicos. Pra quem não está familiarizado, o game une exploração livre com combates táticos que acontecem por turnos. Somado à isso, temos gráficos belíssimos e uma trilha que faz o jogador se sentir em outro mundo. Absolutamente obrigatório!