2017 foi um ano atípico na minha vida como gamer, pois pela primeira vez na minha história nerd eu tive acesso a todos os 3 grandes consoles da geração #ryka. Por conta disso, consegui jogar grandes lançamentos como Horizon Zero Dawn, Persona 5 e Forza Motosport 7, mas também jogos menores e igualmente excelentes como Enter the Gungeon, Necrosphere e Ruiner. No entanto, a lista é curta e nem todas essas experiências teriam lugar garantido. Então aqui vai os 3 jogos que, na minha opinião, sambaram na cara de 2017.
Resident Evil 7
Resident Evil (o primeirão) e Resident Evil: Code Veronica são uns dos jogos que marcaram a minha infância e adolescência. Infelizmente, a partir de Resident Evil 4 (sim, podem começar a jogar as pedras) a série perdeu o rumo ao meu ver, focando muito mais na ação do que na claustrofobia, sustos e puzzles doidos. Quando anunciaram Resident Evil 7 eu torci o nariz na hora, pois assumi que transformar a série num FPS seria a última pá de terra que faltava para enterrar de vez a franquia a sete palmos. Não poderia estar mais errado.
É impressionante como que, mesmo com um formato totalmente diferente e inovador para a franquia, Resident Evil 7 consegue capturar de forma precisa todos os elementos que consagraram a série como referência do gênero Survival Horror. Me peguei tendo sentimentos nostálgicos em vários momentos, como aquela sensação de “agora posso relaxar” ao entrar em uma sala segura para salvar o jogo. E como se não bastasse, Resident Evil 7 ainda apresenta alguns dos melhores personagens e atuações do ano.
Cuphead
Cuphead é o grande exemplo de que é possível não ser ordinário mesmo sendo bonitinho. Ou melhor, mesmo sendo lindo de morrer. Cuphead entregou este ano o visual mais maravilhoso de todos, provando que mais vale bom gosto e criatividade do que contagem de polígonos na tela. Contudo, o mais incrível é que o design, sistemas e mecânicas do jogo andam de mãos dadas com este brilhantismo visual.
É impressionante a quantidade e a qualidade do conteúdo presente em Cuphead. Todos os chefes são únicos com até quatro barras de vida que mudam não somente o desafio, mas também o design do chefe e muitas vezes do próprio cenário. As fases de correr e atirar são uma ótima adição, quebrando de forma positiva o ritmo estabelecido pelas fases de chefão, e o sistema de compra e gerenciamento de habilidades cria um caráter estratégico muito bem-vindo. Cuphead carimbou 2017!
The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Ano passado eu fui clichê em considerar Overwatch como meu jogo do ano, e neste ano de 2017 serei Maria Vai Com As Outras novamente. The Legend of Zelda: Breath of the Wild representa o potencial dos videogames hoje em dia, resumindo o que é excelência em Game Design. O seu grande acerto está em investir na autonomia e liberdade, recursos cada vez mais escassos nos grandes títulos lançados atualmente.
Breath of the Wild não compromete sua visão para deixar o jogo mais confortável para o jogador médio. Muito pelo contrário. As armas, escudos e arcos vão quebrar sim; o mapa não vai ficar indicando o tempo todo para onde você deve ir; e não existem recompensas imediatas e baratas como skill points. Por outro lado, você estará sempre descobrindo coisas novas e aprendendo até o último minuto de jogo. E um jogo que conseguiu manter esse sentimento de curiosidade e descoberta durante toda a minha jogatina, além de me fazer adiar inúmeras vezes terminá-lo por motivos de “só mais essa shrine” ou “só mais essa quest”, merece estar no topo da minha lista esse ano 😉