Como funciona o Nuzlocke em Pokémon?
- Regra 1 – Apenas o primeiro Pokémon de cada local visitado pode ser capturado. Se derrotá-lo em batalha, sua chance se perdeu ali.
- Regra 2 – Se o seu monstro de bolso chegar a 0HP, terá de descartá-lo do seu time.
- Regra 3 – Caso a sua equipe inteira perder o combate, você recomeçará o jogo do zero
Chegando na cidade de Mossdeep, onde me esperam os líderes de ginásio Liza & Tate, não tinha outro jeito e eu precisava do meu time completo e extremamente funcional. Para isso, não podia perder mais tempo e fui em direção ao Match Call do PokéNav, usando o recurso para achar batalhas adicionais onde poderia ganhar mais experiência e finalmente evoluir meu Vibrava.
Não que ele estivesse ruim, mas apenas um Flygon de respeito poderia enfrentar um ginásio psíquico sem grandes problemas. Eu até poderia contar com meu Beautifly se os Pokémon principais do meu adversário não fossem do tipo Pedra também. Isso mataria a coitada da borboleta sem a menor sombra de dúvida e, agora, não era uma opção viável. Então, parti em minha jornada da evolução.
Em alguns combates Vibrava avançou para o nível 45 e finalmente atingi a tão esperada equipe completa e 100% evoluída. Flygon é uma máquina de destruição em massa e eu estava com a certeza de que com ele no time não teria para ninguém até a batalha contra o Campeão de Hoenn. Pensa comigo, quem seria o louco de derrubar um Dragão com o subtipo Terra na manga?
Com um Pokémon destes em mãos, não tinha mais nada a temer. Como puxadinho, ainda dei um pulo na Caverna Shaol que fica ao norte da cidade e capturei um Spheal por lá. Pode falar o que quiser, mas se tem um monstro de gelo que seja extremamente poderoso é a sua evolução final e ao menos com o tipo aquático não me desapontarei até o fim da minha jornada em Pokémon Emerald.
Reflita comigo, Gyarados já está no meu time. Ele dispensa qualquer apresentação em combate. Guardados no computador, estão na espera o Marill, Wingull, Wailmer, Tentacool, Lombre e agora a foca. Se eu quisesse formar um time apenas disso, seria extremamente possível a até viável. Vamos lembrar que não há nenhum treinador poderoso que seja usuário de elétricos até a batalha final.
VS Tate & Liza
Entrei no ginásio de Mossdeep com os dois pés na porta, esperando por um confronto digno de tanto treinamento que eu tive até ali. Não poderia ter me desapontado mais. A maioria dos meus oponentes no caminho perdiam com um golpe de meus Pokémon, não restando nada em seus caminhos para a grande vitória. Vou ser sincero com vocês, tive mais trabalho com os puzzles do que com estes.
E temos de concordar com algo, apesar de termos monstros psíquicos extremamente poderosos, os principais são a linhagem de Abra e Ralts. Ou você conta com o Mr.Mime para fazer o trabalho sujo de devastar um time inteiro como o Alakazam de Blue fez comigo no fim de Pokémon FireRed? Sem a menor chance. O único problema é que estes tem uma defesa pífia, permitindo que eu os derrube com apenas um golpe. Como aqui a velocidade deles não era superior à minha, não tive problemas.
Porém, quando me deparei com os líderes Tate e Liza na minha frente, fui lembrado da razão de ter o que temer das criaturas deste tipo. A batalha começou de forma “leve”, com Claydol e Xatu do lado adversário. Com meu Flygon e o movimento Crunch e o Electrode pronto para detonar a ave com seu Thunderbolt, estava tudo seguro com este primeiro trecho, certo?
Erradíssimo, caros leitores. Cometi o grave erro de mais uma vez contar com a minha confiança em alta. Antes de empurrar Xatu numa ladeira de desespero e dor, o pássaro usou o seu movimento Psychic em Flygon. Apesar de ser um golpe poderoso, não fez nenhum estrago até pelo poder do atacante e continuei como se nada estivesse acontecendo.
Flygon e Electrode derrubaram ambos, despertando os Pokémon mais poderosos do time adversário: Lunatune e Solrock. Vendo a desvantagem claramente, troquei o meu monstrinho elétrico por Gyarados. Nessa geração o movimento Surf ainda não atingia os membros do mesmo time, então usaria isso ao meu favor. Enquanto a batalha rolava, meu Flygon ainda não tinha recuperado o HP e eu seguia com um pouco de dano.
Quando, em meu ápice do “eu vou vencer isso”, levo um golpe Psychic de Lunatune que é bem mais forte do que eu esperava do que fosse. Porém, estava tudo bem. Flygon segurou com a barra de HP no amarelo e seguimos com tudo numa boa. Até ele sofrer outro, desta vez de Solrock no mesmo turno, o que me fez perceber aquilo que eu mais temia: a mancada. A imagem abaixo mostra o que aconteceu com mais clareza do que eu poderia explicar por aqui.
Pois é, finalmente eu perdi outro Pokémon em meu time após conseguir vencer vários ginásios e desafios de forma intacta. Justamente naquele que eu acreditei que não teria problema algum. Convenhamos, quem se recorda de ter passado dificuldades nessa dupla? Com um ódio mortal de ter aguardado e treinado tanto para evoluir o bicho apenas para ele falecer aqui, exterminei meus oponentes na sequência.
A Insígnia da Mente teve um gosto amargo, mas já estava em minhas mãos e só faltava mais uma para conquistar a entrada contra a Elite dos 4. E o próximo era Juan, com seu time aquático que era mais temido do que qualquer outro. E agora eu estava com um a menos no meu time. Entrei no computador mais próximo para checar as possibilidades e lembrei de ter capturado um Shuppet no Mt.Pyre na aventura anterior.
Como tinha um arsenal de TMs guardados, ensinei Shadow Ball para ele e segui de volta no caminho para treiná-lo. Não podia chegar ao final com um buraco na equipe. Não foi tão difícil assim fazer ele chegar até sua evolução, Banette. Principalmente após aprender o movimento Faint Attack e seu próprio stats de ataque subir de uma forma absurda durante os confrontos.
Equalizando o nível do novo Banette com os demais Pokémon de meu time, segui viagem para o centro espacial de Mossdeep. O Time Magma estava aprontando alguma por lá e mais uma vez me vi envolvido em um plano falho, sem esperança alguma e aparentemente desesperado. Nenhum dos guardas foi capaz de segurar a onda da minha equipe, devastando tudo no caminho.
Chegando no topo do prédio, Steven está por lá confrontando Maxie. Como afirmei anteriormente, no passado joguei a versão Sapphire, então isso não existia até chegarmos na versão Emerald. Me surpreendendo, ele pede para ajudá-lo e iniciamos uma batalha em duplas contra o vilão e um dos seus diretos. Quem jogou no passado pode afirmar o quanto é legal agir em conjunto com o Campeão de Hoenn e seus monstros metálicos.
Com meu Camerupt liderando do meu lado, fui obrigado a trocar para o Electrode para não causar mais danos. Imagina atingir o Metang ao meu lado com o movimento Earthquake? Infelizmente não foi de muita valia, já que os adversários miraram apenas nele e logo caiu, dando lugar ao Skarmory e permitindo que chegássemos à vitória de forma simples.
Agradecendo a ajuda oferecida ali, Steven pede para eu acompanhá-lo até sua casa, onde me forneceria o HM Dive. Com este item em mãos, conseguiria fazer meu Gyarados mergulhar no fundo do mar e encontrar o submarino roubado pelo Time Aqua. Lembram que eles fugiram? Então, agora chegou a hora de invadir o covil deles e impedí-los de despertarem Kyogre.
No meio do caminho, há algumas áreas de captura embaixo do mar e consegui pegar o Pokémon Clamperl. Infelizmente, nessa versão, ele evolui apenas por troca e não tenho essa possibilidade por enquanto. Me resta apenas guardar a criatura nos boxes e deixar ele por lá. Eu queria um Chinchou ou até um Relicanth, que poderiam me ajudar mais, porém nem tudo sai da forma como esperamos.
Já no fim do trajeto, há uma grande caverna submarina e adivinha o que eu encontro lá dentro? Sim, o veículo roubado pelo Time Aqua e um caminho para cima. Não pensando duas vezes, subo até a superfície e me deparo com uma nova sequência de batalhas para impedir o titã aquático de acordar. Pode não parecer, mas enfrentar dois times de vilões simultaneamente cansa um pouco e soa até um pouco repetitivo. Colocar inúmeros guardas antes nem dá para brincar, sendo sincero.
É aquela coisa, eu só gostaria de enfrentar o oitavo ginásio e partir para a Victory Road e os vilões estão aprontando todas no meio do caminho. Todos os jogos Pokémon tem esse plot e experimentá-lo pela milésima vez soa cansativo e arrasta um pouco o que devia ser divertido. Porém, vamos ver pelo lado positivo, ao menos não é no meio das batalhas finais como Pokémon Sword & Shield ou Black & White. Se você não chegou nesta parte, sinto muito pelos spoilers.
Voltando ao esconderijo do Time Aqua, me deparo com Archie tentando fazer a mesma coisa que Maxie. Em frente ao Kyogre, ele tenta despertar a fera com a orbe errada e acaba afugentando a criatura. Agora sim ele vê o erro cometido, com os dois mortais monstros de bolso à solta e prestes a se encontrar, o clima ficou caótico. Sol forte e chuva ocorrendo ao mesmo tempo.
Enquanto isso, em Sootopolis o povo teme pelo pior. Pois Kyogre e Groudon se encontraram logo ali e se enfrentam nas águas da cidade. Archie e Maxie observam o grande erro que cometeram, incrédulos por saberem que tentaram dominar forças da natureza, quais não servem para as mãos humanas. Steven te aguarda também para levá-lo até a Caverna da Origem.
A grande questão é: por mais que eu tenha Pokémon fortes no meu time, como esperam que uma criança de 10 anos impeça uma das maiores catástrofes climáticas e um embate previsto nas profecias? Onde estava o atual Campeão da Liga para salvar o dia? Qual a razão de Steven para não fazer nada em relação a isso? Tem oito líderes de ginásio, uma Elite dos 4 e ninguém se mexe?
Pelo visto, o peso do mundo cairá novamente nas costas de um herói infantil e que só deseja vencer um campeonato. O próximo passo seria ver o que há nessa tal Caverna da Origem e o que fazer lá para impedir o avanço de Kyogre e Groudon sobre o planeta. Hoenn corria risco e, independente das perguntas, algo devia ser feito e eu que estava à frente disso tudo.