É sabido que os jogos de carta estão se popularizando na indústria dos jogos. Buscando atingir o mesmo patamar de títulos de sucesso, como Slay the Spire e Monster Train, os desenvolvedores apostam no formato, adicionando alguns elementos extras a fim de incrementar a jogabilidade. Banners of Ruin é mais um desses títulos que, apostando no carteado clássico, implementa mecânicas roguelike similares a títulos como Darkest Dungeon e Iratus: Lord of the Dead.
Enquanto a rinha de galo não é liberada, por aqui é possível colocar uma enorme variedade de animais para cair no braço. Equipar os bichos, aumentar de nível e pegar cartas cada vez melhores fazem parte da rotina de Banners of Ruin, proporcionando uma experiência bastante conhecida, mas com algumas novidades que deixam as coisas mais interessantes.
Nesta longa estrada da vida…
Esqueça a história ou o motivo pelo qual os animais estão brigando, é irrelevante para a jogabilidade apresentada. Em Banners of Ruin, uma trupe de guerreiros não muito convencionais terá que ir avançando pela cidade enquanto enfrenta inimigos perigosos. Sim, eu sei que essa frase ficou parecida com uma chamada do saudoso locutor da sessão da tarde, mas não há como descrever melhor a jogabilidade por aqui.
Escolhendo entre três caminhos distintos, o jogador deverá pensar bem a cada movimento a fim de avançar na cidade. Decisões complicadas podem aparecer, algumas dela envolvendo um alto risco para uma recompensa alta, onde ponderar as escolhas será essencial para o sucesso.
Nem só de viagem vivem os animais e, eventualmente, eles serão interrompidos e terão que sair no braço. Apesar de algumas batalhas serem evitáveis, colocar seus guerreiros à prova é essencial para moldar os mesmos em verdadeiras máquinas de batalha. Os melhores soldados são forjados na batalha e, se tratando desses animais que de fofinhos não têm nada, Banners of Ruin não deixa a desejar.
É hora do duelo!
A parte principal do jogo é, obviamente, o combate. Se tratando de um jogo de cartas, as mecânicas não fogem do padrão esperado para o gênero. Cada carta terá um custo para ser utilizada que está diretamente relacionado com o limite de cada personagem. É necessário notar que, apesar das cartas estarem disponíveis em sua mão, algumas delas só podem ser utilizadas por personagens específicos do seu grupo.
Iniciando o combate com, além da quantidade de vida normal, um modificador de armadura, os combatentes atacarão por turnos até sobrar apenas um time. A jogabilidade lembra bastante o estilo de Darkest Dungeon em certos momentos, onde os personagens podem ir para frente e para trás nas fileiras de combate. Contudo, o controle dessa movimentação é bastante limitado.
Banners of Ruin se destaca nos modificadores de combate. Contando com uma variedade enorme de cartas, o grande sacada é a existência de inúmeros fatores que podem mudar o ritmo do embate e transcendem o dano convencional causado pelas mesmas. Mecânicas de sangramento, envenenamento e retaliação são algumas das mais clássicas que foram implementadas, mas existem outras não tão conhecidas que aparecem de surpresa durante as batalhas.
Ao final de cada batalha, todos receberão pontos de experiência e recompensas. Com os pontos de experiência, será possível aumentar de nível, desbloqueando melhorias, cartas únicas para cada personagem e aumentando seus pontos relativos ao custo das cartas. As recompensas, por sua vez, dão dinheiro para o grupo, podendo ser investido para comprar outros personagens, e desbloqueiam cartas que podem ser usadas por todos.
Banners of Ruin é mais um jogo que tenta fazer a diferença em um gênero que está, aos poucos, ficando saturado. As mecânicas de combate que envolvem os modificadores são novidades bem vindas, mas não o suficiente para destacar esse título dos demais. Resta torcer que, durante esse período de acesso antecipado, os desenvolvedores tenham mais ideias para tornar a experiência única e divertida para o usuário.