A Humanidade não se cansa de se expandir. Peças de mídia não se cansam de contar essa história. Mais uma vez nos deparamos com uma linha paralela que disso trata, desta vez porém, a Humanidade enfrenta ex-companheiros que hoje não mais estão deste lado da batalha.
Em Colony Siege, precisamos defender nossas colônias pelo Universo, tanto dos cardumes Xeno quanto dos corrompidos Riven. Subvertendo levemente o gênero tower defense, este jogo soma à suas mecânicas conceitos de estratégia em tempo-real (RTS), exigindo um pouco mais do jogador do que o tower defense habitual.
Toda hora essas fronteiras finais, gente?
O que me chamou a atenção de antemão em Colony Siege para buscar fazer esta prévia foi um certo renascimento dos jogos de tower defense – que tanto pude me deliciar na Era de Ouro dos jogos em flash – e a mistura já citada com jogos de estratégia em suas campanhas.
Naquele tempo, tais jogos serviam quase como uma experiência de relaxamento, onde poderia montar facilmente uma estrutura simples que seria capaz de aguentar seja qualquer que fosse o exército buscando destruir minhas fronteiras. Colony Siege me deu logo um tapa na cara.
O que antes era para ser algo prazeroso, tranquilo e gostoso tal qual sempre havia sido em um passado longínquo, recebi uma bela pancada logo de cara. A antiga capacidade de suportar qualquer embate, se tornou um retumbante fracasso não só mais iminente porque já tinha passado por mim como um caminhão pipa.
Para cada cenário da campanha nos deparamos com um mapa consideravelmente aberto, uma cidadela a qual precisamos proteger, os locais de saída dos inimigos e suas supostas linhas previstas. Fora isso, estamos livres para colocar nossas torres e armadilhas como bem entendemos.
Estes posicionamentos são a primeira metade da chave estratégica, visto que estes elementos alteram a linha prevista de movimento dos inimigos, fazendo com que sigam o caminho exato que planejamos.
A maneira com a qual serão feitos estes ajustes e posicionamentos é fundamental para a sobrevivência da colônia. Conforme o andamento do jogo, se faz necessário que nossas defesas sejam alteradas a cada onda, cobrando ainda mais da versatilidade do jogador. Felizmente, não percebi punições por desmanchar as construções – o que já tive experiências desagradáveis com, porque inibe as alterações do jogador.
Se juntas é bom, imagina juntas
Dito sobre a primeira metade da chave estratégica, tratemos da segunda: contrária à maioria das instâncias dos tower defense, Colony Siege traz como parte essencial a criação e gerência de unidades motoras – aéreas e terrestres – que tomam parte no campo de batalha não só para defender seu território, como também atacar seus adversários.
Devo dizer que, por agora, não vi a criação destas unidades como fundamental a não ser em cenários específicos que exigiam ataque a terrenos, construções e demais unidades. Não obstante, a utilização desta mecânica é um diferencial considerável para o jogo.
Em se tratando de uma prévia, Colony Siege vem mostrando avanços mecânicos e conceituais consideráveis ao passar do tempo. O que vejo como maior problema com o jogo é a falta de personalidade. A narrativa é simples e a jogabilidade não nos leva a nos interessar mais pela mesma. Independente disso, o visual como um todo é de um filme do SBT que passaria entre o sábado e o domingo na madrugada. Vale ressaltar que estou disponível para ser contratado como artista de interface, ok? (espero que o Vinícios não se incomode muito com isso).
Com isso tudo dito, Colony Siege é o tower defense mais interessante que joguei em quase uma década. Parando para pensar que ainda tem bastante coisa a ser adicionada, o jogo que eu recomendo hoje – com ressalvas – ainda tende a ficar muito melhor.