Não seu idiota, por quê você entrou ai? O assassino claramente estava atrás da porta! Uma frase que muitos dizem quando assistem um clássico filme de assassinos, seja ele Sexta-Feira 13, A Hora do pesadelo ou Halloween. Killer Frequency da Team 17 é o jogo que vai transportas sua voz e conselhos até as vitimas do Assobiador e testar sua capacidade de sobrevivência e tomada de decisões em cenários clichês de horror.
Um assassino morto, retorna como uma força irrefreável da morte na pequena cidade de Gallows Creek e resta ao jogador, na pele do radialista, Forrest Nash salvar os ouvintes da rádio e impedir que o Assobiador continue a aumentar seu número de vitimas pela cidade.
Alô boa noite, você está no Grito!
KFAM, uma rádio esquecida nos confins do centro-oeste americano é onde a história de Killer Frequency é contada ao vivo por Forrest Nash e sua assistente Peggy. Com o jogo abrindo com um curto tutorial, onde vemos uma vítima sem nome, encontrando seu fim, na lâmina do Serial Killer.
Forrest Nash, um famoso apresentador das grandes rádios dos Estados Unidos, se vê agora na reclusa cidadezinha de Gallows Creek, onde ao invés de milhões, apresenta para no máximo trinta ou quarenta pessoas por noite. Tudo está para mudar, afinal o Assobiador está a solta e não há a quem pedir socorro a não ser o rádio.
Após anos de sua morte, o assassino em série retorna no aniversário de sua partida do mundo dos vivos para saciar sua sede de sangue. Clide está pronto para levar todos consigo para uma cova, começando pelos policiais e xerife da pequena cidade e a única operadora da linha de emergência na estrada para a cidade vizinha em busca de ajuda, resta ao jogador garantir a sobrevivência dos moradores da cidade.
Intercalando entre comerciais, trilhas nos vinis mais quentes do momento, ligações e investigações na área de 1 Km² da estação, há muito para se aprender e descobrir sobre a calma e pequena Gallows Creek e muitos destes segredos tem motivos para estarem bem enterrados.
Um assassino direto dos anos 80
Killer Frequency é um jogo de horror muito bem feito, mas com uma estética que se assemelha muito a algo saído diretamente de Apenas um Show. O jogo todo é recheado de clichês de gênero, com o assassino sendo uma mistura de Michael Myers, Freddy e até mesmo Ghostface .
Uma grande bomba nostálgica do gênero slasher situada na década de 80, todo o cenário e itens fazem referência a personagens de filmes, diretores e escritores. Até mesmo as ligações retratam cenários clássicos de filmes de horror, por isso é bom que esteja afiado nos filmes, para poder guiar todos a segurança.
Enquanto Leslie segue até a cidade vizinha em busca de socorro, o jogador deve atender as ligações durante a madrugada e intercalar entre seções de investigação pela rádio e seus arredores em busca de respostas. Talvez até mesmo o assassino possa ligar, resta ao jogador descobrir e ligar os pontos.
O jogo segue um gameplay de exploração do local, solução de quebra cabeças e investigação. Ao conversar com as vítimas em potencial, descobrimos mais sobre o Assobiador, sobre o passado dos habitantes da cidade, seus governantes, vendedores e o que ocorreu na chamada Noite do Assobio, a noite onde o assassino surgiu.
Devo trancar as portas ou correr?
Mesclando os elementos de gameplay de uma maneira bem orgânica, o jogador deve buscar por pistas dentro da rádio, que possam ajuda-lo a resolver algumas situações das vítimas. Um exemplo disto é quando os amigos da estagiária Jeanie, estão em apuros e para ajuda-los você deve vasculhar a mesa da jovem em busca de pistas sobre seus amigos.
Revistas de carros, embalagens de comida e cartas de restaurantes, mapas e muito mais serão ferramentas importantes, que irão decidir o destino de várias pessoas em Killer Frequency. Além disso é possível encontrar fitas e discos extras pelos locais, adicionando informações, comerciais e músicas a programação da noite.
Com fortes luzes neon brilhando e o ritmo de músicas fortemente inspiradas em clássicos synth, temos várias trilhas com nomes sugestivos como Gonna Getcha’ya, Stabbing Trough the Night e Last Breath. É algo bem na cara mesmo, mas o jogo tem esse cuidado de não se levar a série, deixando tudo bem divertido e leve ainda que estejamos falando de um serial killer a solta.
Ainda assim, o jogo tem seus problemas, como puzzles fáceis e uma narrativa bem direta e fácil de se desvendar caso a pessoa consuma bastante o gênero. Os comandos da cabine em si são pouco importantes, o que deixa a experiência de radialismo bem fraca e pouco interessante, mesmo com a soundboard, as primeiras vezes que você toca o jingle da rádio sob o som de alguém sendo esfaqueado é divertido, mas logo passa.
Você infelizmente não é o ouvinte número 13
Killer Frerquency é um divertido jogo de horror, sendo uma boa pedida para aqueles que não conseguem jogar jogos maiores ou elaborados de horror, ou estão começando agora. Com um design simples, mas bem incorpado da época que emula, é uma excelente pedida, mas se lembre, sua rádio não é impenetrável.