Inegável que o gênero Party Games sempre teve grandes expoentes, conquistando uma a parcela dos jogadores casuais que gostam de uma boa diversão despretensiosa. Com o buraco criado pela falta de novos Just Dance e Sing It, a Koch Media mantém o mercado cativo com a chegada de Let’s Sing ABBA, seu lançamento anual.
Depois de Let’s Sing Queen agora temos uma tentativa de repetir a fórmula criada ao trazer as músicas da banda britânica de rock com o ABBA, uma banda pop de grande sucesso da década de 70 e 80.
Mamma Mia… It’s Me, ABBA!
Resgatando o mesmo estilo de jogo estabelecido por Guitar Hero, ao tentarmos acompanhar as trilhas coloridas para pontuarmos, e já conhecido por todos nós, inclusive daquele gamer que diz não curtir joguinho de música, Let’s Sing ABBA oferece um gameplay simples e uma experiência tematizada, focada nos fãs da banda sueca.
Não tive a oportunidade de jogar os títulos anteriores, mas com este lançamento para Nintendo Switch eu consegui resgatar os reviews anteriores e verificar o que temos de novidade.
Com uma lista de 30 músicas, repetindo a mesma quantidade anterior, o que não faltam são sucessos para quem deseja divertidos momentos. Do começo da banda, com “Waterloo”, a primeira música de sucesso nos EUA, passando por “Dancing Queen” e “Mamma Mia”, que acredito serem as mais famosas, os desenvolvedores da Ravenscourt trouxeram também “I Still Have Faith In You”, o último álbum apresentado pelo grupo em 2018.
Utilizando microfone USB ou o aplicativo Let’s Sing, você conseguirá jogar em até seis modos. Com destaque para o modo história, chamado Legend, você poderá enfrentar os quatro integrantes por cinco momentos da banda, em três fases rápidas que cantaremos breves trechos de 30 a 50 segundos em busca de até três estrelas como pontuação.
Ao concluirmos as três fases com os três trechos, você terá a oportunidade de enfrentar Agnetha Fältskog, Björn Ulvaeus, Benny Andersson, e Anni-Frid Lyngstad. Cantando contra a AI do jogo que, para a minha surpresa, não oferece muito desafio, mesmo tratando-se de um cantor do ABBA.
The Winner Takes It All
Além do modo Legend, temos também o Classic, para um a quatro jogadores, Feat., para cantar em dupla, Mixtape, com seleção de 10 hits em cada fase, Jukebox, para ouvirmos e curtirmos o clipe de cada música, World Contest, para o multiplayer online, e, por fim o que talvez agrade quem curte um bom party game, o modo Let’s Party, para até oito pessoas.
Mesmo com diversos modos de jogo, ainda estamos falando das mesmas 30 músicas que, por mais hits de sucesso diversas delas são mais obscuras. Além disso, o que Let’s Sing ABBA oferece durante todo o jogo são apenas skins de personagens, repetindo o mesmo erro apontado nos jogos anteriores. Somente o modo Legend que vai permitir desbloquear, após concluirmos a música completa ao enfrentarmos um integrante, uma canção para o modo Jukebox.
Por mais que seja um jogo visualmente agradável, bem lapidado com aquele “quê” de jogo mobile, inclusive com uma boa utilização e sincronização do app Let’s Sing, e com a jogabilidade simples e já conhecida, nada de novo é apresentado.
A maior crítica fica pelo modo história “assustar”, por num primeiro momento oferecer apenas alguns segundos de cada música, até chegar ao “chefão” e podermos cantar uma música completa. Além disso, acredito que diferente do que foi feito com Let’s Sing Queen, o ABBA possui músicas muito agudas e que podem dificultar a experiência ao atingirmos o tom correto para pontuar, principalmente quem tiver uma voz um pouco mais grossa ou rouca.
Mesmo com sua simplicidade e entrando naquela lista de “jogos que poderiam ser um DLC”, inclusive sendo executada diretamente no aplicativo e não necessitando do jogo nos consoles, acaba sendo uma das raras oportunidades para os gamers casuais e fãs do ABBA.