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Considerado o local de origem do homem, o continente africano costuma ter figurinhas carimbadas em jogos que representam a história da humanidade. Os egípcios, os malianos e os núbios são alguns exemplos de civilizações que, pelas suas conquistas, comumente aparecem no gênero de estratégia. Entretanto, outros povos africanos são deixados de lado, privando os jogadores de conhecerem a história de culturas não tão famosas, mas de importância singular no continente africano. É justamente nessas civilizações que o DLC Cultures of Africa, de Humankind, traz os holofotes, adicionando seis diferentes culturas, sete povos independentes e novos eventos.

Junto às culturas africanas já contidas no jogo base, chegam em Humankind os seguintes povos: os bantus, os garamantes, os suaílis, os massais, os etíopes e os nigerianos. Claro que, em termos de mecânicas, nada do jogo original muda. Contudo, o primeiro pack de expansão de Humankind busca expandir os horizontes e propiciar novos estilos de jogo para aqueles que já estavam entediados do habitual – novos estilos que, como dito no review, compõem a grande novidade do título.

A glória da África

Para esse primeiro DLC, os desenvolvedores não adicionaram nada que mude drasticamente o jogo. Na verdade, as novidades são apenas as civilizações, algumas cidades independentes e eventos novos. Contudo, a premissa de Humankind é justamente a flexibilidade de estilos, permitindo com que o jogador mude de cultura conforme avança de era. Nesse contexto, a adição de novas civilizações é, sim, algo bem vindo.

Mais comida é sempre bem-vindo.

Em Cultures of Africa, cada civilização nova aparece em uma era distinta. Os Bantus, por exemplo, são os primeiros que podem ser escolhidos. Caso você opte por eles, terá um bônus de influência por cada império adjacente ao seu território, além de uma tropa especial que coleta comida por meio de batalhas e pilhagens. 

As outras civilizações seguem o mesmo modelo. Não irei falar de todas, mas posso citar, como destaque, os suaílis, cujo bônus único consiste em aumentar a estabilidade para cada porto construído e suas adjacências, e os nigerianos, que, assim com os brasileiros, são uma civilização agrária, conseguindo bônus de fazendeiros para cada ponto de petróleo nas cidades. 

Um pequeno detalhe são as novas maravilhas que chegam com o DLC. Tratam-se de 5 pontos famosos na África: o Monte Kilimanjaro, o Monte Zuma, as Cataratas de Vitória, o Lago Natron e a Grande Mesquita de Djenné. É sempre bom ver paisagens novas sendo retratadas nos jogos.

Em suma, não há grandes novidades por aqui. O que temos, porém, é uma expansão nas possibilidades de estilos de jogo. No meu review, pontuei que esse é um jogo com potencial de se tornar um dos melhores do gênero, mas que precisa de tempo e mais conteúdos adicionais para, de fato, atingir o potencial referido. O DLC Cultures of Africa não é o suficiente para isso – na verdade, passa bem longe –, porém, pelo preço pedido, é uma adição bem vinda que irá divertir os que gostaram do jogo, mas que enjoaram do conteúdo base.