Em setembro do ano passado com o lançamento de Tony Hawk Pro Skater 1+2, o mercado de jogos de skate recebeu um novo sopro de vida. Games como Skater XL e Session trouxeram uma atenção mais voltada ao realismo, mas SkateBIRD chegou para mostrar que não é só ser humano que detona nas pistas.
Com suas pistinhas miniaturas e uma mistura provável de alpiste com Monster energético, os periquitos estão voando alto! Dando um show no falcão, que chega até mesmo a ser citado em certos momentos. Eu já havia jogado o Alpha meses atrás quando me foi indicado por alguns amigos, mas essa nova build está excelente.
SkateBIRD possui até mesmo uma história, onde além de mandar manobras, nossos amiguinhos penosos querem ajudar seu dono. Com uma temática bem amigável para skatistas da vida real e da digital, SkateBIRD ainda precisa de alguns pequenos ajustes, mas já cobriu grande parte do caminho.
Feito de açúcar, com trenzinhos de brinquedo
A grande sacada de SkateBIRD é deixar nossos pequenos amigos de pena detonarem em tech decks. Com os famosos skatinhos de dedos eles interagem em diversos cenários como o já dito quarto, tetos e até mesmo dentro de computadores! Tudo com a temática maluca proposta, além da bem vinda ilusão da série Tony Hawk, onde há sempre uma rampa em qualquer parede.
Com um medidor de combo e praticamente tudo que pode se esperar de um game de skate, desde manobras de flip, até manuais e inverts. No entanto, aqui temos uma versão mais clean do esporte enquanto game, ou seja temos uma visão mais moderna do público skatista, com aquela pegada mais Lo-Fi Hip Hop ao invés do sujo skate punk rock e com dente faltando, bebendo Presidente no sol quente.
O jogo ainda não disponibiliza uma maneira de mapear os comandos. Então pode levar um tempinho para se acostumar com os comandos, mas não é nenhuma batalha de vida ou morte. Claro que alguns tombos no começo são normais, mas nada de mais.
Voando alto, literalmente
SkateBIRD é uma experiência extremamente divertida no geral. Os níveis apresentam um sistema semelhante ao de Tony Hawk’s American Wasteland. Ou seja, os níveis são bem grandes e devemos cumprir missões e pedidos vindos de outros pássaros do local. Contando até mesmo com alguns easter eggs como o pássaro espião Sam King.
Fora as missões ainda existem vários colecionáveis espalhados pelos níveis. Cada colecionável libera um novo item de personalização, como roupas, shapes e rodinhas. Nada muito técnico os shapes provavelmente são padrão de 8′ e rodinhas de 56′. Já no quesito vestimentas, ai temos de tudo, desde bonés a chapéus viking.
No entanto, acredito que as manobras poderiam ser um pouco mais rápidas em suas execuções. O tempo de virada, ainda é bem devagar, mesmo com o medidor em forma de ovo cheio. Não é nada que atrapalhe, mas ainda assim seria bom, para deixar as manobras mais orgânicas. O sistema de combos aqui não deixa a desejar, podendo até mesmo “costurar” os movimentos dos combos com manuais. Como todo bom game de skate faz.
Batendo as asinhas
Para aqueles que procuram uma música mais agitada no entanto para embalar as sessões de manobras, não se preocupe. SkateBIRD permite que os jogadores coloquem as músicas que tiverem no PC, para criar uma playlist mais voltada para cada jogador.
A ideia é bem maluca, mas é tão engraçada que faz com que a obra toda no final seja bem sólida e marcante. Trazendo bastante conteúdo, o que fará com que os jogadores fiquem um bom tempo com seus novos amigos de penas. Afim de jogar algo com o mesmo espirito arcade de Tony Hawk, mas que realmente tem pássaros? Então SkateBIRD é uma excelente válvula de escape, tanto para desafios, quanto para boas risadas!