Após 22 desde o seu primeiro lançamento na plataforma PlayStation, Brigandine voltou para sua casa. O jogo The Legend of Runersia já tinha sido lançado no Nintendo Switch em junho desse ano e agora chegou ao PS4, mas não sem trazer umas novidades consigo. A atualização Titans and the Iron Fist, que chegou de forma simultânea, promete apimentar ainda mais os combates táticos para a atual geração de consoles.
Para quem não experimentou ainda as aventuras vividas na sequência direta de Forsena, ele segue os mesmos padrões de RPG tático que tinha antigamente. Apesar disso, ele revive a experiência de forma significativa nos consoles atuais e traz de volta o sentimento que teve na época do primeiro. E caso não tenha jogado o anterior, não se preocupe, dá para começar a acompanhar com a história contada no presente sem temor algum.
Um passo rumo à nova geração
No PlayStation 4, Brigandine: The Legend of Runersia segue os mesmos padrões vistos no Nintendo Switch, porém tem alguns detalhes que empolgarão os mais entusiasmados. O primeiro e principal pilar é a possibilidade de realizar o upgrade gratuito para o PlayStation 5, caso tenha adquirido o videogame mais novo da Sony e queira utilizar de seus recursos. Ou seja, quando você colocar a sua conta nele, não jogará uma versão retrocompatível, mas sim uma criada para a plataforma.
Porém, é o conteúdo que faz ela brilhar aos olhos dos jogadores. A atualização permite um grande avanço logo na hora de você começar a sua campanha, liberando a dificuldade customizada para apimentar ainda mais o gameplay de quem é apaixonado. E não pense que ela mexe só com as batalhas, deixando os jogadores com liberdade de alterar alguns elementos básicos do game para se adequarem melhor à experiência.
Você pode criar customizações que deixarão o jogo ainda mais simples do que o modo Easy, modificando a taxa de sucesso do jogador para 100% e duplicando a experiência em confrontos, por exemplo. Para quem zerou ele, isso teria sido uma mão na roda quando fiz minha primeira run ainda no console da Nintendo. Porém, os jogadores sedentos por desafios podem, além de virar a maré contra si colocando a taxa de sucesso inimigo para 100%, também conseguem montar uma verdadeira barreira intransponível de oponentes ao redor de sua base.
Pode parecer algo pouco ou besteira, mas isso vai alterar tudo na raiz do que você realmente jogará. Isto que acabei de citar da base, por exemplo, é o modo Guard Castle Hex e manterá os inimigos presos e concentrados num único ponto. Pode parecer uma opção acertada, até você ter de combater alguns deles antes de chegar realmente no alvo que necessita. Isso também garante uma organização melhor entre eles, assim como opções de magia e cura com mais facilidade.
E o que antes era um martírio também foi melhorado. Por exemplo, se eu quisesse realizar várias ações, mesmo sendo semelhantes entre si, tinha que ir em cada personagem e fazer o procedimento. Não atrapalhava Brigandine: The Legend of Runersia, mas fazia perder um pouco mais de tempo do que você gostaria. Com a atualização, eles adicionaram opções em quase tudo de selecionar em massa e se organizar de forma conjunta.
Até mesmo o inventário de criaturas, que atingia apenas 100 em seu exército, foi acrescentado para aumentar ainda mais as suas chances. Agora com o poder de ter ao seu lado 200 monstros, você pode até manter alguns deles em bases específicas para buscá-los num momento de necessidade ou quando precisar repor os seus companheiros que foram derrubados em batalha.
Novidades da atualização
Estratégia é a palavra-chave de Titans and the Iron Fist e não podiam deixar também de trazer alguns monstros novos para o gameplay. Foram inclusos, até o momento, dois e a própria Happinet avisou que seria apenas o início. Chegaram a Brigandine o Shadow Goblin e Titan, que prometem balançar ainda mais os campos de guerra com uma abordagem inédita de suas habilidades.
E se a partida já está garantida, também dá para ativar o Auto Mode apertando o botão L3 e deixar a inteligência artificial guiar seus heróis para a vitória e a dominação. Mas lembre-se, nem sempre será uma boa ideia e, caso veja que não está se dando bem, aperte novamente o mesmo botão e tome controle de volta.
Vale lembrar, assim como pontuei no review de Brigandine de Nintendo Switch, que os maiores defeitos se mantiveram nessa versão também. A história continua fraca e, apesar de não ser o principal pilar do que encontra nele, é chato para um RPG não investir um pouco mais nesse sentido. Assim como os sons constrangedores se mantiveram, tendo de mexer nas configurações para não ouvir alguns deles sendo reproduzidos na televisão.
Porém, com essa versão chegando depois de 22 anos sem aparecer em nenhum console da Sony, é a deixa perfeita para experimentá-lo no seu PlayStation 4 ou no PlayStation 5. Será um dos melhores RPGs táticos que encontrará na plataforma e garanto que não vai se arrepender de experimentar esse novo capítulo da saga. E vale notar também que tem mais coisas vindo por aí, então fique antenado que 2021 trará ainda mais conteúdo ao jogo.